Adolescente trans é agredida e queimada em Guarapari
Menina de 13 anos está internada em estado grave
Uma adolescente de 13 anos está internada com queimaduras graves no Hospital Infantil (HINSG) de Vitória. Ela teria sido espancada por três homens e depois queimada. De acordo com informações da repórter Vanuza Santana, para o TN1, da TV Tribuna/Band, a adolescente é trans. A suspeita da família é de que a menina tenha sido vítima de transfobia.
Até três anos atrás, ela morava com uma tia em Aracruz. Segundo a reportagem, foi o hospital que ligou para a tia, na semana passada, quando a adolescente deu entrada na unidade. O caso veio a público nesta terça-feira (16).
A tia, que não quis se identificar, contou que a adolescente pediu socorro a um motorista de aplicativo no bairro Vilaggio do Sol, em Guarapari. Inicialmente, ele a levou para o Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, de onde ela foi transferida para o HINSG.
Segundo a tia, a adolescente em um primeiro momento, falou que ela mesma se ateou fogo. Depois, falou que foi agredida no bairro Nova Palestina. Esses homens passaram a proferir palavras homofóbicas contra ela. Em seguida, a colocaram num carro e o levaram a Guarapari.
Ela foi espancada, atearam fogo e mandaram a adolescente correr. Foi quando ela pediu socorro ao motorista de app. A tia diz que está com medo, pois a adolescente relatou ter sofrido ameaças.
“Ela fala que levaram ela pra uma rua escura, bateram muito nela e atearam fogo. A gente não sabe, pois, às vezes, parece que jogaram água quente ou álcool. Segundo ela, ia passando um motorista de aplicativo e ela pediu socorro. Comigo, ela falou que jogou álcool no corpo e ateou fogo por ter sido ameaçada e uma mulher teria jogado água para apagar”.
Para outra familiar, contudo, a vítima contou a outra versão, de que teria sido espancada e incendiada. “Só que não estão batendo as versões porque ela está com muito medo. Está fazendo aquele processo de raspagem da pele. Queimou o rosto quase que 100%. Ela chegou a relatar algo sobre transfobia, mas a gente não sabe o que aconteceu”
A Polícia Civil (PCES) informa que o caso segue sob investigação da Delegacia de Proteção à Criança ao Adolescente (DPCA). Por envolver menor de idade, o procedimento tramita sob sigilo, conforme previsto em lei.
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