Pai e filho são presos por receptar e desmanchar caminhões furtados no ES
Investigações tiveram início após o furto de um caminhão da Prefeitura de Águia Branca, no Noroeste do Estado
Pai e filho foram presos após investigações da Polícia Civil indicarem que eles seriam os principais integrantes de uma organização criminosa especializada na receptação e no desmanche de caminhões furtados no Estado. Jorge Vieira de Oliveira Júnior, de 45 anos, vulgo "JJ", foi detido no dia 9 de dezembro, no município de Novo Brasil, em Cariacica. Já o filho dele, Matheus Luiz Venturini de Oliveira, de 26 anos, foi preso na última sexta-feira (12), em um galpão localizado no bairro Araçás, em Vila Velha.
As investigações tiveram início após o furto de um caminhão da Prefeitura de Águia Branca, no Noroeste do Estado. Segundo a Polícia Civil, o pai utilizava tornozeleira eletrônica devido a passagens pela Justiça por furto e roubo de veículos, o que facilitou o rastreamento pelo sistema de inteligência do órgão.
Além disso, a polícia chegou a um ferro-velho onde as peças provenientes do desmanche eram encaminhadas para comercialização. O proprietário do local colaborou com as investigações, apontando os possíveis suspeitos.
O titular da Delegacia Especializada de Furto e Roubo de Veículos, delegado Luiz Gustavo Ximenes, explicou como a dupla agia e destacou que a apreensão dos receptadores é fundamental, uma vez que eles são os principais fomentadores da prática criminosa.
"Os indivíduos subtraíam o veículo automotor, repassavam tudo para o JJ e para o Matheus. Eles faziam o procedimento de desmanchar esse veículo automotor e encaminhavam, posteriormente, para o ferro velho", explicou Ximenes.
O delegado também afirmou que a organização especializada nesse tipo de crime possui ligação com outras quadrilhas que realizam a mesma prática criminosa nos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
Para o chefe da Divisão Especializada de Furto e Roubo de Veículos, delegado Marco Aurélio Oliveira, a prática criminosa vai além do furto, pois afeta diretamente a vida dos caminhoneiros vítimas desses crimes.
"Quando você furta um caminhão, diferente do automóvel, geralmente você está levando a vida da pessoa. Você está levando, além do alto custo do caminhão, está levando o meio de trabalho dele. Muitas vezes o caminhão é financiado, a pessoa pagava a prestação. Eu vi um caminhoneiro praticamente quase chorar na minha frente", pontuou Oliveira.
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