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PAPO DE FAMÍLIA

Divórcio silencioso

O perigo de normalizar a ausência de diálogo na vida a dois

Cláudio Miranda | 15/12/2025, 12:34 h | Atualizado em 15/12/2025, 13:00
Papo de Família, por Cláudio Miranda

Cláudio Miranda, terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico



          Imagem ilustrativa da imagem Divórcio silencioso
Cláudio Miranda é da Diretoria da ATEFES (Associação de Terapia Familiar do ES), Terapeuta de Família, Psicopedagogo Clínico, Pós-graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP. |  Foto: Reprodução/Jornal A Tribuna

Cuidado com o silêncio que ocupa o lugar da conversa na sua relação. Cuidado com a paz que vive na forma de cansaço. Cuidado com o 'não brigamos mais', quando na verdade, perderam o interesse um pelo outro. Você pode estar vivendo uma situação de um divórcio silencioso e nem percebeu.

O pior fim para um casamento não é a briga, os gritos ou a descoberta de uma traição. O pior fim é o definhamento que vai acontecendo todos os dias e torna seu relacionamento frio, sem graça e desinteressante.

A casa está lá, mas não é um lar porque ela perdeu o seu lugar de aconchego. Ela apenas te protege do tempo, da chuva e do frio que tomou conta desses dois corações.

O divórcio sim, é a pior coisa que pode acontecer no seu casamento. Quando ele acontece, perde-se o sentido de trabalhar para estarem juntos, porque já não existe mais a união do casal.

O fim de um casamento pode acontecer por um fato agudo e grave que compromete a continuidade da relação.

No caso do divórcio silencioso ele é provocado por uma cronificação de comportamentos e atitudes ruins ao longo do tempo que acabam sendo incorporadas e naturalizadas na vida do casal.

É aquele afastamento imperceptível que vai chegando aos poucos e que diminui o tempo de contato e convívio dos dois. É quando não acontecem brigas, mas também não tem aquelas conversas do dia a dia.

É aquele silêncio que vai entrando devagar que vai roubando o espaço do diálogo que antes acendia a troca, o carinho a curiosidade pelo outro.

Em relacionamentos assim, de repente percebem que acabou o prazer de compartilhar. Cada um foi vivendo sozinho dentro da relação, foi se acostumando com o convívio morno, até mesmo frio que tomou conta dos dois.

A vida a dois nesses casos passa a funcionar no automático, existindo com uma sequência de “tanto faz” que apaga o desejo de buscar o outro.

Esse silêncio é construído ao longo dos anos com o descaso, o desinteresse e uma sequência regular de “depois eu falo”, “não quero tocar no assunto” e de “tanto faz”. A verdade é que o amor não morre de uma vez. Ele se definha a cada dia um pouco como uma planta não cuidada.

Você pode não estar querendo se divorciar, mas mesmo assim pode já estar indo nessa direção.

Talvez tenha se acostumado com seu modelo de casamento e normalizou que é assim mesmo e que com o tempo todo casamento esfria.

Há casais que se habituaram tanto com a companhia do outro que não mais comemoram e nem valorizam mais a presença do outro ali. Eles passam a viver um relacionamento baseado no “tanto faz”.

O casamento não é uma instituição indissolúvel. Se ele só te proporciona tristeza e sofrimento, as partes podem entrar num acordo e decretar o fim dele.

Contudo, se você percebe que há possibilidades de uma vida melhor, os dois podem buscar ajuda de um terapeuta de casal e familiar que lhes ajude a encontrar formas de superação dos problemas que vivem para terem uma vida melhor.

Não existe casamento perfeito e sim a predisposição de aprender o tempo todo, novas formas se relacionar com diálogo, respeito e acolhimento.

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