Defesa da família de enfermeira morta no ES vai pedir aumento da pena
Íris estava grávida do réu e foi morta com quatro tiros em 11 de janeiro de 2024 e teve o corpo jogado em um barranco às margens de uma estrada
Pela primeira vez desde o assassinato da enfermeira Íris Rocha de Souza, 30, Cleilton Santana dos Santos, 27, admitiu o crime. Nesta segunda-feira (1º), ele foi condenado a 37 anos de prisão por homicídio qualificado, feminicídio, aborto forçado, ocultação de cadáver e concurso material.
O assistente de acusação, o advogado Fábio Marçal, representante da família da vítima, afirmou que pretende recorrer para aumentar a pena.
“Vamos solicitar o aumento no Tribunal de Justiça e já protocolamos, logo após o veredito, nossa manifestação de insatisfação. O recurso está apresentado e pediremos 50 anos de prisão em regime fechado”, disse.
Íris estava grávida de oito meses de uma menina que se chamaria Rebeca. Ela foi morta com quatro tiros em 11 de janeiro de 2024 e teve o corpo jogado em um barranco às margens de uma estrada vicinal em Carolina, interior de Alfredo Chaves. De acordo com a investigação, Cleilton desconfiava da paternidade da bebê. Exames de DNA, porém, confirmaram que ele era o pai.
A delegada Maria da Glória Pessotti, titular da Delegacia de Alfredo Chaves e responsável pelo caso, avaliou que a punição ficou abaixo do esperado.
“Esperava uma condenação de, no mínimo, 40 anos, porque havia várias qualificadoras. A lei que transforma o feminicídio em crime autônomo e amplia a pena é de outubro do ano passado. Infelizmente, não pôde ser aplicada neste caso”, afirmou.
Em conversa exclusiva com a equipe do Tribuna Online durante o Júri Popular, realizado na sala de audiências de Alfredo Chaves, a delegada explicou como a pena poderia ter sido ampliada caso o novo entendimento legal estivesse em vigor à época do crime.
Veja o que diz a delegada
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