Dívida de taxa de condomínio pode levar imóvel à leilão
Para minimizar os impactos da inadimplência, os condomínios têm investido em medidas para reduzir custos e aumentar a eficiência operacional
A inadimplência nos condomínios cria diversas consequências, como o impedimento do morador de votar e de participar das assembleias, além de cobranças de multas, juros e protestos de nome. Em casos extremos, pode levar à execução judicial do imóvel.
“Nesse caso, o imóvel responde pela dívida, podendo ser penhorado e vendido para quitar o débito”, explicou Thiago Brasil, advogado especializado em Direito Imobiliário.
Para minimizar os impactos da inadimplência, os condomínios têm investido em medidas para reduzir custos e aumentar a eficiência operacional. Entre elas estão o uso de energia solar, a implementação de portaria eletrônica e uma gestão eficiente.
Além disso, estratégias como negociações antecipadas, acordos facilitados, envio de lembretes automáticos e comunicação mais eficiente com os condôminos têm se mostrado eficazes na melhoria da saúde financeira dos condomínios.
Thiago Brasil também mencionou a adoção de um fundo de reserva, a profissionalização da administração e o acompanhamento jurídico preventivo como práticas fundamentais.
Impacto no orçamento
Nos condomínios, a gestão financeira enfrenta variados desafios anuais, que impactam o orçamento dos moradores.
De acordo com Thiago Brasil, advogado especializado em Direito Imobiliário, a situação é agravada pelo aumento dos custos operacionais dos condomínios: manutenção, insumos, energia, folha de pagamento e contratos de serviços como portaria e segurança se tornaram mais caros, o que pressiona o orçamento condominial.
O advogado Diovano Rosetti, que atua no ramo imobiliário, citou exemplos. “Nos condomínios, especialmente aqueles que empregam trabalhadores como porteiros, faxineiras e outros colaboradores, os custos operacionais são constantemente pressionados por aumentos anuais, como os decorrentes do dissídio coletivo da categoria”.
Ele cita ainda outros custos, como contratos de manutenção de elevadores, serviços de água, luz e materiais de consumo, que também sofrem reajustes anuais.
“Esses aumentos são repassados aos condôminos, mas, em muitos casos, os ganhos das famílias não acompanham esse ritmo de crescimento das despesas. Quando há um desequilíbrio nas contas das famílias, a primeira conta a ser deixada de lado é, frequentemente, a cota condominial”.
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