WhatsApp sob ataque e Windows 10 vulnerável
Alertas de vírus no WhatsApp e fim do suporte ao Windows 10 reforçam cuidados digitais
Na última semana, dois alertas importantes de segurança digital emitidos por gigantes do setor chamaram atenção do mundo e acenderam um sinal vermelho para milhões de usuários.
E desta vez, os avisos envolvem tanto o aplicativo de mensagens mais usado do planeta quanto um dos sistemas operacionais mais populares da história.
O primeiro alerta veio da Trend Micro, empresa referência em cibersegurança. A companhia identificou a circulação de um novo vírus batizado de Sorvepotel, que tem como alvo direto os usuários do WhatsApp Web.
O golpe começa com o envio de mensagens acompanhadas de arquivos supostamente inofensivos, como PDFs ou ZIPs. A vítima, acreditando se tratar de um documento legítimo — muitas vezes enviado por um contato conhecido —, clica e instala o código malicioso no sistema.
A partir desse momento, o vírus ganha acesso total ao computador, vasculhando arquivos em busca de dados pessoais, senhas de redes sociais, informações bancárias e credenciais de login.
Mais grave ainda: ele consegue se replicar, passando a enviar a mesma mensagem contaminada para todos os contatos da vítima, aumentando a abrangência do ataque. Por isso, o golpe é especialmente perigoso — o remetente parece confiável e não levanta suspeitas.
A boa notícia é que a proteção é simples, mas exige disciplina: não clique em arquivos recebidos via WhatsApp Web sem confirmar a autenticidade, mesmo quando enviados por amigos ou familiares. Este é também um excelente momento para desativar o download automático de mídias no aplicativo.
Pequenas configurações podem evitar grandes desastres. O segundo alerta veio da gigante Microsoft, que oficialmente deu adeus ao Windows 10 no ciclo de atualizações.
Isso significa que o sistema, ainda utilizado por mais de 650 milhões de pessoas, não receberá mais correções de segurança. Na prática, cada computador que continuar usando o Windows 10 se torna um alvo fácil para ataques cibernéticos.
Muitos usuários resistem à atualização para o Windows 11 — seja por costume ou pelo custo médio de cerca de 100 reais. No entanto, esse investimento é irrisório diante do risco.
Um hacker pode tomar o controle do sistema, roubar dados bancários ou transformar a máquina em parte de uma botnet, uma rede criminosa usada para atacar sistemas financeiros e empresariais.
Imagine o constrangimento (e a dor de cabeça) de ter que comprovar na Justiça que seu computador foi usado em um ataque internacional.
Os dois alertas deixam uma mensagem clara: o mundo digital não perdoa distrações. Qualquer descuido pode ser o primeiro passo para um golpe. Atualizar sistemas, desconfiar de anexos, reforçar senhas e adotar hábitos seguros já não são mais recomendações — são deveres de sobrevivência na era digital.
Em um ambiente onde o crime evolui na velocidade da tecnologia, estar informado é a nossa primeira linha de defesa. Porque, como se diz nas ruas da internet: qualquer cochilo, é um clique — e qualquer clique pode ser fatal.
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