A chance de PH
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Carlo Ancelotti ainda não definiu quais serão os quatro laterais da Seleção Brasileira na Copa do Mundo do ano que vem. Em tese, pensa em ter Vanderson como o titular da direita e Alex Sandro o da esquerda. Mas, na suplência, levando em conta as atuações de Douglas Santos na ausência do lateral do Flamengo, há ao menos uma vaga aberta: a de reserva de Vanderson. Wesley e Vitinho foram testados à partir da falta de regularidade de Danilo, e agora o vascaíno Paulo Henrique corre por fora surgindo como um nome forte nessa disputa.
Talvez seja a maior atração do amistoso da manhã desta terça-feira, contra o Japão, em Tóquio. Porque ainda que PH não comece a partida, é certo que Ancelotti dará mais minutos ao lateral vascaíno. Ele surpreendeu nos 20 minutos em que esteve em campo na goleada sobre a Coreia do Sul pela naturalidade exibida.
Entrou tão bem que poderia até ter sido um pouco mais ousado e individualista. Teve chance para explorar a diagonal nas costas do marcador, mas ganhou elogios internos justamente por ter optado pelos cruzamentos.
No momento, Ancelotti trabalha pela construção de um grupo que ofereça opções para diferentes modelos de jogo. Nesta função, significa ter à disposição dois laterais com leitura defensiva e dois com capacidade ofensiva. De um lado, aquele que não se intimida quando o time tem a posse da bola.
Do outro, quem não mostre fragilidade nas bolas em profundidade, por trás das linhas defensivas. Paulo Henrique não é dos mais disciplinados na marcação. Mas ofensivamente é mais forte e tem mais recursos técnicos do que Wesley e Vitinho.
É natural que, com tantas opções para as linhas ofensivas, o foco do treinador esteja em laterais que apoiem como alas e fechem os espaços defensivos. Porque, já disse aqui, o objetivo de Ancelotti é ter um time compacto, sólido na recomposição, retomada de bola e controle mental.
Mas no grupo com os 26 jogadores que irão à Copa haverá ao menos um lateral com o estilo de Wesley, Vitinho e Paulo Henrique.
E como há ainda cinco meses até a relação final, a disputa está aberta. Vejamos…
Japão
É o primeiro do Grupo C das eliminatórias asiáticas. Mas nos sete jogos de 2025 empatou com Paraguai (2 a 2), México e Arábia (0 a 0); perdeu para Estados Unidos (2 a 0) e Austrália (1 a 0); e venceu a Indonésia (6 a 0) e o Bahrein (2 a 0).
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