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Papo de Família

Papo de Família, por Cláudio Miranda

Colunista

Cláudio Miranda, terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico

Quando os filhos partem

A saída dos filhos de casa pode gerar tristeza, mas também é uma oportunidade de redescobrir o próprio propósito

Cláudio Miranda, Colunista de A Tribuna | 06/10/2025, 11:58 h | Atualizado em 06/10/2025, 11:58

Imagem ilustrativa da imagem Quando os filhos partem
Cláudio Miranda é da Diretoria da ATEFES (Associação de Terapia Familiar do ES), Terapeuta de Família, Psicopedagogo Clínico, Pós-graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP. |  Foto: Reprodução/Jornal A Tribuna

Há casais que vivem sua vida demasiadamente voltada para os filhos e quando eles ficam adultos e seguem com a sua vida, eles, os pais, se desestruturam e sofrem com essa partida. Você já viveu a saída de um filho de casa?

A Síndrome do Ninho Vazio é aquela situação que os pais enfrentam quando os filhos saem de casa por quaisquer motivos como estudar fora, casamento, trabalho e etc.

Essa fase é caracterizada por sentimentos de saudade, melancolia, solidão, apatia e tristeza.

Cada um sente esse vazio com mais ou menos intensidade conforme o nível de apego que desenvolveu com os filhos ao longo da vida.

Ainda que isso seja um processo natural no desenvolvimento psicossocial de um jovem, nem todo pai e mãe estão preparados para isso.

É normal sentir tristeza com a saída dos filhos de casa. Quando eles saem, toda a dinâmica do ambiente muda.

A casa fica mais silenciosa, a demanda de arrumação e limpeza diminuem, a quantidade de comida a ser preparada diminui e a companhia durante as refeições também é algo marcante na vida do casal.

É importante entender que esse vazio deixado pelos filhos que se foram faz parte do processo de adaptação a uma nova fase da vida e uma nova ordem na casa.

É preciso entender que esses sentimentos de perda são compreensíveis e com o tempo essa transição vai se estabilizando. Na maioria das vezes as mães sentem esse vácuo porque são elas que ficavam na linha de frente dos cuidados da casa.

Essa transição marca o fim de um tempo na vida familiar quando muita coisa era feita em função da rotina dos filhos.

Os pais precisam desenvolver uma nova rotina se adaptando à saída dos filhos da casa. Para esses pais é um momento de encontrar um novo propósito na vida além do papel de pai ou mãe.

A saída dos filhos é o resultado natural e saudável do ciclo de vida do indivíduo quando eles buscam sua independência e autonomia, constituindo uma nova família e seguindo sua vida como queira.

Outras situações que podem desencadear esse sentimento de vazio é quando acontece a perda do cônjuge, que pode ser agravado com a falta de um suporte adequado psicossocial adequado ou ausência de sua rede de apoio de familiares e amigos mais próximos.

Tudo isso é um tipo de luto que requer tempo, paciência e autocompreensão. Aceitar e vivenciar a tristeza pela partida dos filhos ou de alguém querido faz parte do processo de superação e estabilização emocional.

É fundamental buscar maneiras saudáveis de lidar com a nova realidade e encontrar um novo propósito de vida investindo em si mesmo.

Criar hobbies, como um animal de estimação, cuidar de plantas, conhecer novas pessoas, sair de casa e fazer pequenas viagens em grupo pode ser muito positivo.

Apesar da distância física, é importante manter os vínculos fortes e ativos com os filhos e outros familiares. Mantenha uma comunicação regular com seus filhos, seja por meio de telefonemas, mensagens de texto ou videochamadas.

No amor e na conexão emocional não há distância que não possa ser superada.

Se necessário, busque orientação de um psicólogo ou terapeuta para enfrentar esse período de transição.

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