Empresários defendem mais aeroportos no Espírito Santo
Em carta a Casagrande, o Ibef-ES elogiou ações para melhorar os terminais de Linhares e Cachoeiro e defendeu um novo nas montanhas

Empresários do Espírito Santo defendem a construção de novos aeroportos no Estado como estratégia para ampliar o potencial turístico e atrair negócios.
Como exemplos citados, estão a entrega do novo aeroporto de Linhares, a modernização e ampliação do aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim e a construção do aeroporto de Venda Nova do Imigrante — o “Aeroporto das Montanhas”.
Esse é um dos conteúdos abordados em carta, de seis páginas, escrita por integrantes do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças no Espírito Santo (Ibef-ES) e endereçada ao governador do Estado, Renato Casagrande.
O potencial de desenvolver o agroturismo, como nas lagoas de Linhares e das montanhas capixabas, traz estímulo à diversificação econômica buscada no cenário de transição de regime tributário.
“São aeroportos que têm potencial comercial e turístico. Em Cachoeiro, temos um polo de indústrias do setor de mármore e granito, por exemplo. Em Linhares, as lagoas e as praias (próximas). Temos muito potencial de explorar essas regiões”, afirmou.
O aeroporto de Linhares foi entregue em 2023, com obras de R$ 67 milhões, para expansão da pista e construção de um novo terminal de passageiros. Com o investimento, o terminal passou a operar voos comerciais conectando a cidade ao aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, Minas Gerais.
Já em Cachoeiro, o prazo para que o novo aeroporto seja entregue é o primeiro trimestre de 2026. Com investimento de
R$ 76,5 milhões, o local vai ganhar melhoria como nova pista, ampliação do pátio, reforma no terminal de passageiros, além do segundo terminal, com o dobro do tamanho.
Em Venda Nova, o aeroporto segue em estágio de planejamento e conta com apoio da classe empresarial local, além da articulação do Conselho Estadual de Turismo (Contures), presidido por Valdeir Nunes. A proposta é que ele sirva como um facilitador das viagens para Pedra Azul, destino empresarial que tem se fortalecido nos últimos anos, além de viabilizar a operação de cargas em um segundo momento, estimulando o agronegócio local.
Escassez de mão de obra é barreira
Ampliar os projetos de qualificação profissional, estimulando jovens desde o ensino fundamental até o momento de ingresso ao ensino superior a desenvolver habilidades técnicas demandadas pelas indústrias, é uma das prioridades dos empresários para lidar com a falta de pessoas para trabalhar.
A escassez de mão de obras em um mercado aquecido, com a abertura constante de novos postos de trabalho, é um dos grandes problemas apontado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-ES) na carta escrita ao governo do Estado.
Para o presidente do Ibef-ES, Alecsandro Casassi, investir em escolas em tempo integral é um acerto do governo estadual e precisa ter essa política ampliada.
“É essa necessidade de adaptação do ensino a essas novas demandas do mercado. Não basta formar. São novas habilidades e competências que estão sendo exigidas, em função das tecnologias que estão surgindo”, diz.
Big data e inteligência artifical são exemplo de áreas do conhecimento, segundo Casassi, exigidos no cenário atual e que carecem preparação em instituição de ensino para que o mercado absorva.
Os executivos ainda defendem a a ampliação do ensino técnico, com a meta de alcançar 50% das matrículas no ensino médio técnico até 2035.
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