Livro é aliado no combate à solidão, luto e separação
Livros ajudam a enfrentar desafios e fortalecer vínculos sociais

Nos momentos difíceis da vida, o livro pode ser a solução, destacam especialistas.
“Quando você lê um romance, um conto ou outros tipos de livros, é como se você tivesse a experiência de uma outra vida que você não viveu”, afirma o professor Orlando Lopes Albertino, do Departamento de Línguas e Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Isso ajuda a desenvolver um preparo psicológico que poderá auxiliar em momentos de morte, separação e solidão, destaca o professor.
Ele acrescenta que a leitura não precisa ser uma atividade solitária.
“É possível ler em grupos, compartilhando com o outro o que sentiu e entendeu das histórias. Ter outra pessoa para compartilhar, incentiva a continuação do hábito”.
Há vários grupos de leitura no Estado. Um deles é o Clube do Livro, em atividade há mais de 15 anos. Elizabete Finco é uma das organizadoras.
“É um dos mais longevos do Brasil. A gente escolhe um gênero ou tema literário para conversar e fazer recomendações. Além de realizar a leitura compartilhada de livros. Nossos encontros contam com pessoas de todas as idades e todo mundo aprende com o outro”, ressalta.
Para a geriatra Daniela Barbieri, o livro pode ser uma ponte de vínculo com outras pessoas.
“O livro é assunto em conversas, pode justificar a formação de um grupo de leitura, dá conteúdo para argumentação, empodera o leitor”.
“Não consigo me imaginar sem ler”

Conselheiro do Tribunal de Contas, Sergio Aboudib, 64, gosta tanto de ler que acabou escrevendo seus próprios livros. Em suas contas, já escreveu 19 histórias infantis, além de um livro de crônicas e poesia e outro de casos. Ele conta que tudo começou inventando histórias para os filhos dormirem.
“Não consigo me imaginar sem ler. Durante toda a minha vida, não andei sem um livro na mão. Sempre chego cedo aos lugares e aproveito o tempo para ler. Afinal, quem está com um livro nunca perde tempo. Dinheiro, saúde, é possível recuperar, mas tempo? É o único ativo que não se recupera”.
Sergio lê 50 livros por ano desde que tinha 17 anos. “Acredito que é automático, quando você lê muito, acaba escrevendo”, conta. A maioria dos livros que leu foram biografias. “90% são biografias. Eu brinco que prevejo o futuro por que conheço muito o passado”.
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