Wallace Lovato: apontado como mandante do crime teria desviado R$ 9 milhões
Valor foi contabilizado por uma empresa de auditoria de São Paulo, contratada pela vítima
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O desvio apurado, até o momento, na empresa de Wallace Lovato, assassinado no dia 9 de junho, é de aproximadamente R$ 9 milhões. O valor foi contabilizado por uma empresa de auditoria de São Paulo, contratada pela vítima, no ano passado. Apontado como mandante do assassinato, o diretor-financeiro da empresa Globalsys, Bruno Valadares de Almeida, 39 anos, teria feito os desvios para “ter uma vida melhor”.
“Segundo ele, era porque queria comer em restaurantes melhores, passear, ter uma vida melhor, sendo que ele recebia por mês R$ 21 mil, em média. Ele se aproveitou da confiança do Wallace, para poder fazer esses desvios”, afirmou o chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Vila Velha, delegado Daniel Fortes.
Nos cerca de três anos que trabalhava na empresa, Bruno teria recebido em torno de R$ 700 mil de salário, segundo o delegado. “E ele teve um gasto, só nesses primeiros levantamentos que nós fizemos, que ultrapassa R$ 700 mil em ouro e veículos”. O suspeito teria estimado o valor dos desvios em R$ 4 milhões, menos da metade do valor apurado pela auditoria.
De acordo com o delegado, o suspeito nega participação no crime. “Ele nega a participação no homicídio, mas ele tinha o motivo e os meios financeiros para poder fazer essa empreitada. Foi tudo planejado como uma forma de evitar a prisão, caso o Wallace iniciasse uma auditoria, porque com o tamanho do desvio que ele estava fazendo na empresa, acabaria que ele seria preso pelos desvios que ele cometeu na empresa da vítima”.
O chefe da DHPP Vila Velha disse que os desvios tiveram início no final de 2023, quando Bruno passou a ter acesso exclusivo a uma conta da empresa. Wallace Lovato recebeu a informação que Bruno estava respondendo a processo, referente a um dinheiro que ele havia perdido, de investimento anterior.
“O empresário faz um pedido de auditoria na sua empresa, que começa a ser realizado por uma empresa de São Paulo. Desde julho do ano passado, o Wallace cobra ao Bruno o possível desvio que estaria acontecendo na empresa”, afirma o delegado.
No mesmo período, segundo a polícia, começam a ser feitas transferências de dinheiro de Bruno Valadares de Almeida para Bruno Nunes da Silva. Ele é apontado como intermediário e principal organizador da logística do crime.
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