Acusados de tentar matar dono de Hotel no ES são condenados a 39 anos de prisão
O mandante e o executor do crime receberam a condenação nesta segunda-feira (1)
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O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) obteve nesta segunda-feira (1) a condenação dos dois réus acusados de tentar assassinar o empresário Juan Aurélio Gomez Fernandez, de 64 anos, dono de um hotel no bairro Andorinhas, em Vitória. Acusados pelo crime de tentativa de homicídio qualificado, as penas totalizam 39 anos de prisão.
O crime ocorreu no dia 31 de março de 2022, no Hotel da Ilha, de propriedade de Juan Aurélio. Na ocasião, o réu Carlos de Matos Lopes, na companhia de outras duas pessoas, desferiu várias facadas contra a vítima, a mando de Macário Almeida Souza da Silva.
Individualmente, Macário Almeida Souza da Silva, apontado como o mandante, foi condenado a 20 anos e 5 meses de prisão. Já Carlos de Matos Lopes, o executor do crime, recebeu a pena de 18 anos e 8 meses de prisão.
Outros dois réus, indiciados também pela participação no crime, foram absolvidos a pedido do Ministério Público, já que a participação deles no crime não ficou claramente demonstrada.
Relembre o caso
Segundo a denúncia do MPES, Macário possuía dívidas com Juan Aurélio referentes ao aluguel de um bar na parte térrea do hotel. O réu, insatisfeito com as cobranças, teria planejado o assassinato para se livrar da obrigação financeira.
A mando dele, o réu Carlos de Matos Lopes invadiu o hotel e desferiu diversas facadas na vítima.
No dia do crime, segundo as investigações, Macário desligou toda a iluminação do hotel, já que o disjuntor de energia se localizava no bar, para facilitar a ação dos comparsas. Carlos entrou no local, foi até o quarto da vítima, que acreditava se tratar de hóspede reclamando da falta de luz, e atacou a vítima com uma faca.
Carlos também portava uma arma de brinquedo. A vítima, mesmo gravemente ferida, fingiu-se de morta, foi posteriormente socorrida por uma equipe do Samu e sobreviveu após atendimento hospitalar.
Outros crimes
Além da tentativa de homicídio qualificado, o réu Carlos de Matos Lopes ainda responde por outros crimes cometidos na ocasião.
De acordo com as investigações, após a vítima ser encaminhada ao hospital, Carlos voltou ao hotel, furtou diversos bens de Juan Aurélio e abusou sexualmente de uma mulher que estava no local.
Esses outros crimes são descritos em outros processos.
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