Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Tribuna Livre

Tribuna Livre

Colunista

Leitores do Jornal A Tribuna

Prevenção: o pilar que sustenta a saúde, e o futuro das operadoras

Pequenas operadoras mostram que investir em prevenção é o caminho para transformar o cuidado com a saúde e garantir sustentabilidade ao setor

Marcio Almeida | 13/06/2025, 12:44 h | Atualizado em 13/06/2025, 12:44

Imagem ilustrativa da imagem Prevenção: o pilar que sustenta a saúde, e o futuro das operadoras
Marcio Almeida é médico CEO da Bluzz Saúde. |  Foto: Arquivo/AT

Em um mercado cada vez mais pressionado por custos crescentes, alta rotatividade de beneficiários e desafios regulatórios, é no investimento em prevenção que operadoras de saúde podem encontrar não apenas um caminho para a sustentabilidade, mas um verdadeiro propósito. Enquanto os números mostram que o setor como um todo ainda engatinha nesse sentido, pequenas operadoras como a Bluzz Saúde vêm provando que é possível – e necessário – fazer diferente.

Não é de hoje que sabemos: prevenir doenças reduzindo fatores de risco no dia a dia e monitorando o histórico familiar pode ser tão impactante para a saúde quanto o diagnóstico precoce de uma enfermidade. Mas o que precisa ser dito com mais ênfase é que essas estratégias também são fundamentais para a saúde financeira do sistema. Evitar complicações, internações e atendimentos de urgência alivia a sobrecarga assistencial e cria um círculo virtuoso, em que todos ganham: operadoras, profissionais de saúde e, principalmente, o beneficiário.

Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelam uma realidade preocupante. Das cifras bilionárias movimentadas pelo setor – quase R$ 350 bilhões em 2023 –, apenas 0,25% foi direcionado a programas de prevenção e promoção da saúde. É o menor índice desde 2018. E mesmo nos melhores momentos, nunca superou 0,5%. São números incompatíveis com a retórica dominante de que a prevenção é prioridade.

Na Bluzz, esse discurso se transforma em prática. Prevenção não é um apêndice: é a espinha dorsal da nossa operação. O cuidado coordenado, o acompanhamento contínuo e a atenção aos fatores sociais e familiares que influenciam a saúde de cada pessoa são os pilares do nosso modelo assistencial. Investimos em informação, em equipe multiprofissional, em tecnologia e, principalmente, em escuta ativa. Sabemos que cuidar da saúde antes que a doença apareça é o que, de fato, transforma vidas.

Mais do que uma estratégia para reduzir custos, acreditamos que a prevenção é uma mudança de mentalidade. É enxergar o indivíduo em sua totalidade, com suas particularidades, e entender que saúde não é ausência de doença, mas o resultado de escolhas e contextos que precisam ser acompanhados com sensibilidade e ciência. Nossa missão é colocar o cliente no centro da jornada de cuidados – e isso só é possível com uma cultura de prevenção integrada e contínua.

A boa notícia é que esse movimento começa a ganhar mais reconhecimento. A ANS já oferece bônus em suas avaliações de desempenho às operadoras que adotam programas de promoção da saúde e prevenção de doenças – hoje, 221 operadoras já mantêm 420 programas em curso. Mas é preciso ir além. Incentivos mais robustos, tanto regulatórios quanto financeiros, podem acelerar a virada de chave. A prevenção precisa deixar de ser exceção para tornar-se regra.

Operadoras menores têm mostrado que esse modelo é viável, sustentável e inovador. Ao contrário do que se pensa, não são os grandes que ditam todas as tendências. Muitas vezes, são os pequenos que ousam primeiro.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

SUGERIMOS PARA VOCÊ: