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Pentecostes

No Pentecostes, nasce a Igreja: conduzida pelo Espírito Santo, ela é una, santa, católica e apostólica, viva em sua missão e na diversidade dos povos

Ernesto Acione | 09/06/2025, 13:37 h | Atualizado em 09/06/2025, 17:51

Imagem ilustrativa da imagem Pentecostes
Padre Ernesto Ascione é missionário comboniano. |  Foto: Arquivo/AT

Concebida na Cruz, a Igreja nasce no dia de Pentecostes. Cinquenta dias, depois da Páscoa, o Espírito Santo desce sobre os discípulos, reunidos, no cenáculo, “com Maria, a Mãe de Jesus”. Uma nova era é inaugurada: a do Espírito e da Igreja. “Espirito de Deus, enviai dos céus um raio de luz! – canta Igreja, na Sequência da Missa – Vinde, Pai dos pobres,/ Doador dos dons./ Luz dos corações./ Dai à vossa Igreja, que espera e deseja, vossos sete dons“. No Credo, professamos: “Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica”.

É una: como, em Pentecostes, os discípulos, no cenáculo, formavam uma só coisa, em oração, com Maria, a Mãe de Jesus, assim, a Igreja é um povo, unido e articulado, rica de dons e carismas, tendo, nela, a doce presença da Mãe de Jesus. É santa: recebeu a plenitude do dom maior, o Espírito Santo. É católica: todos os povos, com a sua cultura e civilização, têm, nela, cidadania. É apostólica: Jesus é seu fundamento invisível; Pedro e os Apóstolos, por disposição divina, são seu fundamento visível. Pela ininterrupta sucessão apostólica, a mensagem de Cristo chega até nós, como um pão quente e perfumado

Impelida pelo Espírito, percorre os caminhos do mundo, para anunciar, com alegria, “Jesus Cristo é o Senhor”. Desde o início, implementou a inculturação do Evangelho: dos Hebreus passou aos pagãos, de Jerusalém a Roma. Em Babel – diz o Gênesis – houve uma confusão de línguas; na Igreja, em Pentecostes, uma admirável unidade, na variedade das línguas: “cada um compreendia a mensagem em seu próprio idioma”: a unidade manifestava-se na pluralidade de compreensão. “A Igreja é – diz o Concílio – sacramento universal de salvação”: a Casa Comum, onde todos são acolhidos, respeitados e promovidos na sua cultura e civilização!

Pelo Espírito, Cristo, de recordação saudosa do passado, torna-se o Ressuscitado; o Evangelho, de letra morta, em poder e sabedoria de Deus; a Igreja, de multinacional, é transformada em comunhão trinitária; a Missão, de propaganda, em uma nova Pentecostes; a autoridade de domínio, em serviço, humilde e desprendido a favor do bem comum do povo de Deus; o culto, de uma evocação do passado, em atualização dos eventos salvíficos de Cristo e antecipação do mundo futuro; a moral, de ética natural e humana, em um agir sobrenatural, conforme os impulsos do Espírito.

“Não tenhais medo – disse Jesus aos Apóstolos – Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”: o Espírito e a Igreja prolongam a missão de Cristo, no mundo. Ele é a Videira, a Igreja, o ramo; Ele é a cabeça, a Igreja, o Corpo; Ele é o esposo, a Igreja, a Esposa. Como a cabeça transmite ao corpo a sua força vital, assim, Cristo transmite à Igreja as suas prerrogativas messiânicas. “Na Igreja Católica – diz o Concílio – subsiste a verdadeira Igreja de Cristo”, porém, as outras Igrejas, na variedade de suas denominações, e as religiões, nas riquezas de suas antigas e nobres tradições e espiritualidades, têm seu valor. Diz santo Agostinho: “Quem ama a Igreja habita nele o Espírito Santo”.

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