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Papo de Família, por Cláudio Miranda

Papo de Família, por Cláudio Miranda

Colunista

Terapeuta de Família e Psicopedagogo Clínico

Pais controladores

Confira a coluna de sábado (28)

Cláudio Miranda, Colunista de A Tribuna | 29/04/2025, 13:22 h | Atualizado em 29/04/2025, 13:22

Imagem ilustrativa da imagem Pais controladores
Cláudio Miranda é é da Diretoria da ATEFES (Associação de Terapia Familiar do ES), Terapeuta de Família, Psicopedagogo Clínico, Pós-graduado pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP |  Foto: Arquivo / AT

Existem pessoas controladoras, a maioria por medo ou por insegurança. Assim nós vemos casais se controlando mutuamente, pais controlando os filhos e filhos que controlam os pais. Controlar e ser controlado são duas forças que coexistem e podem, ambas, causar muitos danos, principalmente do ponto de vista emocional.

A diferença entre pessoas controladoras e pais controladores é que a ação dos pais pode causar sérios danos na autoestima e autoconfiança do filho e da filha. Isso poderá tornar os filhos inseguros na vida adulta e se tornarem vítimas ou dependentes de outras pessoas.

O controle sinaliza um excesso de cuidado que impede que os filhos tenham uma vida sociofamiliar saudável do ponto de vista do relacionamento humano. Quando os filhos são impedidos pelos pais de terem uma vida social saudável, como todo garoto e garota da sua idade, eles poderão ter vários comportamentos:

Mentira: o comportamento de mentir poderá ser uma das estratégias usadas pelos filhos para escapar da pressão exercida dos pais sobre eles. A relação familiar começa a se deteriorar a ponto de se viver uma fachada de ordem e harmonia. Os filhos vão criar sempre uma desculpa perfeita para enganar os pais demasiadamente cobradores. É muito ruim quando isso acontece porque, em algumas situações, os filhos vão poder se colocar de fato em risco e os pais não terão como ajudar.

Enfrentamento: há filhos que não vão concordar com as medidas excessivas dos pais e vão mostrar claramente a sua discordância e oposição às ideias exageradas dos pais. Nessa família haverá sempre um clima de briga e discussão comprometendo a paz na casa.

Comodismo: existem filhos e filhas que poderão aceitar passivamente as ideias dos pais, mesmo não concordando com elas. Esses poderão desenvolver um comportamento depressivo e de tristeza por não poder ser relacionar com amigos. A apatia e a falta de força em reagir aos pais talvez sejam a pior atitude porque, algumas vezes, o filho pode ter uma reação explosiva e descontrolada com consequências danosas à sua saúde mental. O sofrimento nesse caso pode ser muito mais intenso.

Há pessoas que repetem padrões comportamentais negativos de família. Desse modo, o indivíduo se acostuma a coisas e relacionamentos que não lhe fazem bem. Você se torna permissível e sem coragem de dizer o que gosta e o que não gosta. Não consegue deixar claro para o outro até onde pode ou não invadir o seu espaço e interferir em sua vida. Alguém assim cresce dependente do outro e se acostuma em ter seu espaço físico e psíquico invadido por quem não tem autorização de estar ali. Eles se acostumam a viver sob amarras mentais, desacostumando a viver melhor.

Pais controladores são assim por insegurança ou medo em relação aos filhos. Eles tendem a focar a atenção demasiadamente em problemas que acontecem no mundo e fora de casa.

Numa criação saudável, os filhos precisam ter um mínimo de liberdade de transitar entre as normas da família e da sociedade. Os pais devem desenvolver o hábito de dialogar com os filhos e mostrar que eles estão ali para apoiá-los e protege-los caso seja necessário.

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