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Mundo Digital

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Colunista

Eduardo Pinheiro

LGPD ainda é ignorada em academias e clínicas de estética

Confira a coluna de domingo (06)

Eduardo Pinheiro | 07/04/2025, 11:49 h | Atualizado em 07/04/2025, 11:49

Imagem ilustrativa da imagem LGPD ainda é ignorada em academias e clínicas de estética
Eduardo Pinheiro é consultor de tecnologia da informação |  Foto: Kadidja Fernandes/ AT

Quatro anos após a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ainda é chocante perceber como muitos setores da sociedade seguem ignorando a necessidade de uma adequação real à legislação.

No segmento de prestação de serviços, clínicas médicas, estéticas e academias chamam atenção de forma negativa, mesmo lidando com dados sensíveis diretamente ligados à saúde e à imagem de seus clientes.

Infelizmente, muitos desses estabelecimentos ainda recorrem a soluções de “kit de adequação”, como se existisse uma fórmula mágica que, a um custo simbólico, fosse suficiente para garantir a conformidade com a LGPD. Spoiler: não existe mágica quando o assunto é proteção de dados pessoais.

A ilusão de que uma política de privacidade genérica ou um aditivo contratual resolve tudo é um risco para o negócio e, pior, um desrespeito à privacidade das pessoas.

É comum que essas organizações sequer saibam em quais processos internos os dados são coletados, armazenados, compartilhados ou descartados. Sem um mapeamento sério e criterioso, os dados seguem vulneráveis, e a privacidade das pessoas, em risco constante.

O cenário se agrava quando falamos de academias que utilizam biometria para controle de acesso, confiando cegamente nas promessas de segurança feitas por empresas terceirizadas.

Em tempos de golpes digitais sofisticados, um vazamento de base de dados com fotos e informações biométricas pode ser catastrófico. Imagine, então, o impacto de um vazamento em uma clínica de estética, com fotos íntimas de mulheres expostas na deepweb. Trágico.

O que impressiona é a naturalidade com que muitas academias de ginástica tratam a coleta de dados sensíveis de seus alunos, como se fosse uma exigência inofensiva para fins de organização interna. Pouco se fala em consentimento claro, em transparência, em direitos dos titulares.

Ninguém questiona a necessidade real de se armazenar uma digital ou um reconhecimento facial para liberar uma catraca. A cultura do “sempre foi assim” ainda impera, e esse comodismo pode custar caro — financeiramente e em termos de reputação.

A proteção de dados vai muito além de papeladas para cumprir tabela. É sobre respeito, ética e responsabilidade.

A privacidade é um direito fundamental, consagrado pela Emenda Constitucional nº 115/2022, que inseriu a proteção de dados no artigo 5º da Constituição Federal.

Ou seja, ignorar a LGPD não é apenas uma falta de conformidade com a legislação do País — é uma violação grave de direitos.

Está mais do que na hora de clínicas e academias mostrarem compromisso real com seus clientes. A privacidade das pessoas não pode ser tratada como um detalhe. É hora de fazer diferente. É hora de levar a sério.

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