Funcionário de escritório de advocacia é preso após passar trote para a polícia

Um funcionário de um escritório de advocacia de 18 anos foi preso após fazer um trote na polícia e mobilizar quatro viaturas da Guarda Municipal de Vitória e da Polícia Militar. O homem fez a ligação ao Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES), para se vingar depois de um desentendimento que teve no trânsito. 

A briga no trânsito aconteceu entre o motoboy preso e duas pessoas que estavam em uma caminhonete, na descida da Terceira Ponte, chegando a Vila Velha. 

Durante a ligação à polícia, o motoboy disse que as pessoas que estavam na caminhonete eram criminosos. Só que a polícia investigou e descobriu que se tratava de uma falsa comunicação de crime. 

“Queria fazer uma denúncia de um veículo. São dois rapazes que desceram do carro, dois caras armados, de bermuda e chinelo, desceram do carro, abordaram o motoqueiro, deram um tapa no motoqueiro, tomaram o celular dele, entraram na caminhonete e foram embora sentido Camburi”, disse o homem durante a ligação à polícia. 

Além de mobilizar as viaturas, a ligação ainda gerou constrangimento a dois servidores municipais que tiveram que prestar esclarecimentos por um crime que não cometeram, depois, ainda enfrentam um procedimento administrativo disciplinar no órgão em que trabalham. 

A Polícia Civil tomou conhecimento do fato a partir do momento no qual as vítimas desse crime procuraram a delegacia reportando os fatos ocorridos |  Foto: Taynara Nascimento

Para o titular do 6º Distrito de Polícia de Vila Velha, delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, a Polícia Civil tomou conhecimento do fato a partir do momento no qual as vítimas desse crime procuraram a delegacia reportando  os fatos ocorridos.

"Ele informou ao 190 que dois homens armados com pistolas haviam agredido um motociclista e roubado o celular desse motociclista.  Essa denúncia  implicou na abordagem das vítimas que foram então constrangidas", disse o delegado. 

O homem de 18 anos, preso na última sexta-feira (17),  foi indiciado por denunciação caluniosa. O caso vai ser analisado pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES).

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