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Cidades

Advogada do ES dá à luz filho gerado por reprodução assistida

O pequeno Valentin foi gerado por meio de reprodução assistida após o falecimento do seu pai, o empresário Valber Santi


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“Com o Valentin, senti como se Deus estivesse trazendo minha vida de volta”.  É dessa forma que a advogada Vanessa Porto Figueiredo, de 40 anos, descreve a emoção de ter em seus braços seu primeiro filho, de 15 dias.

Valentin é fruto de um amor além da morte. Ele foi gerado por meio de reprodução assistida após o falecimento do seu pai, o empresário Valber Santi.

Juntos desde 2017, Vanessa e Valber se casaram em 2018 e sempre tiveram o desejo de ter filhos. Há  mais de dois anos tentavam engravidar por meio de fertilização in vitro, e após seis tentativas, o tão sonhado embrião foi gerado.

Imagem ilustrativa da imagem Advogada do ES dá à luz filho gerado por reprodução assistida
Vanessa Figueiredo levou uma foto do marido, Valber Santi, para a sala de parto no dia do nascimento do filho |  Foto: Acervo Pessoal

“No dia 7 de março  do ano passado fizemos a coleta na clínica. E no  dia 14 de março eu recebi uma mensagem da clínica dizendo que tínhamos conseguido nosso embrião. Encaminhei a mensagem para o Valber, ele recebeu e me respondeu com uma mensagem em que falava de fé, Deus e amor. Uma hora depois ele faleceu”.

O empresário morreu em um acidente de trânsito, aos 40 anos, depois de uma carreta tombar em cima de seu carro na Rodovia Leste-Oeste, em Cariacica.

Vanessa conta que só soube da morte do marido duas horas depois do acidente. “Eu recebi a notícia pelo sócio dele, que veio até a minha casa. Eu não tive condições de continuar com o tratamento naquele momento, mas mantive o embrião congelado”.

Imagem ilustrativa da imagem Advogada do ES dá à luz filho gerado por reprodução assistida
Valentin nasceu em fevereiro |  Foto: Acervo Pessoal

O casal havia assinado um termo autorizando que o outro cônjuge poderia utilizar o material genético em caso de morte.

Apesar da dor de ter perdido o marido, a advogada conta que em nenhum momento pensou em desistir do sonho do casal.  “Desistir  nunca foi uma opção para mim. Três meses depois, no dia 6 de junho, o embrião foi implantado”, contou.

“O início da gravidez  foi muito difícil por conta do meu emocional e dos sintomas, tive muito enjoo. Quando o Valentin começou a mexer na minha barriga eu tive a sensação de vida dentro de mim”.

Mesmo sem a presença do marido, Vanessa afirma que não se sentiu sozinha, já que tanto sua família quanto a de Valber estiveram ao seu lado. “Nossas famílias me deram muito suporte, mas foi a espiritualidade que me ajudou a seguir em frente”.

 No dia 14 fevereiro Valentin nasceu. “O nascimento foi o momento mais emocionante da minha vida. Pensei muito no meu marido. É uma sensação de renascimento”.   

“Desistir nunca foi uma opção para mim” - Vanessa Porto Figueiredo mãe de valentin

O nascimento do pequeno Valentin Santi Figueiredo, de 15 dias, por meio de reprodução assistida, trouxe esperança e alegria para a  da advogada  Vanessa Porto Figueiredo, de 40 anos,  após perder  seu marido, Valber Santi, em um acidente de trânsito.

A Tribuna - Há quanto tempo tentavam ter um filho?

Vanessa porto - Há dois anos e meio tentávamos engravidar por meio de fertilização in vitro. Já tínhamos feito seis tentativas. No dia 14 de março do ano passado recebemos a notícia que  o embrião tinha fertilizado. Ainda mandei mensagem para o Valber. Uma hora depois ele faleceu.

Pensou em desistir de implantar?

Não tive condições psicológicas de continuar naquele momento, mas mantive o embrião congelado. Mas desistir  nunca foi uma opção para mim. Três meses depois o embrião foi implantado.

Os três primeiros meses de gravidez foram muito difíceis, por conta do meu emocional e dos sintomas da gravidez. Mas passado isso, me senti melhor,  o Valentin começou a mexer na minha barriga. Senti vida dentro de mim. 

Como foi passar pela gestação sem seu marido?

Quando eu tomei a decisão de engravidar e implantar o embrião eu já sabia que não teria a presença do meu marido. 

Eu me preparei  psicologicamente para isso, me apeguei muito à espiritualidade, fiz muita oração e li a Bíblia. A minha família e a dele me deram muito suporte, mas foi realmente a espiritualidade que me ajudou a seguir em frente.

Quem ficou na sala de cirurgia foi a mãe do Valber. Achei que seria importante alguém da família dele representá-lo. Não me senti sozinha. 

Quem escolheu o nome Valentin?

Ele tinha deixado uma carta para mim, junto com um cartão, no dia do meu aniversário, e  ele dizia que queria ser pai do Valentin. Já tínhamos escolhido o nome com nossas iniciais e,  coincidentemente, Valentin nasceu dia 14 de fevereiro, Dia de São Valentim.

Como foi o nascimento e como está sendo agora?

Foi o momento mais emocionante da minha vida. Não dá para explicar. Valentin é muito parecido com o pai. É uma sensação de renascimento.  Ele  é a resposta das minhas orações. Ele foi muito desejado por nós dois. O Valber gostava muito de piano e eu já tenho colocado para ele ouvir. Eu sei que ele será muito feliz. 

Casais devem deixar documento assinado

Casais que congelaram material genético para programar uma gestação futura podem recorrer às técnicas de reprodução assistida mesmo após o falecimento de um dos cônjuges. 

A advogada Beatriz Kuster Degasperi explica que para isso é preciso que eles deixem um documento assinado e,   apesar de não ter uma lei, existe uma resolução do Conselho Federal de Medicina sobre o assunto.

“Quando os pacientes decidem  fazer a fertilização in vitro, antes  do procedimento  eles assinam um contrato e um termo de consentimento declarando o que pode ser feito com o embrião em caso de morte ou separação”.

O médico Carlyson Moschen, da Unifert, lembra que para ter sucesso na fertilização vários fatores são importantes. “Os percentuais de gravidez variam de acordo com diversos fatores, como  a idade feminina”.

“Já no caso da Vanessa Porto, além de ter a documentação, e apesar da fatalidade da morte do marido, ela teve a felicidade de conseguir engravidar e ter o Valentin”, ressaltou.

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