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Cidades

Confira as novas descobertas da Ciência sobre a felicidade

Estudos mostram que a alimentação influencia no humor e que não há relação entre depressão e baixos níveis do hormônio serotonina


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Imagem ilustrativa da imagem Confira as novas descobertas da Ciência sobre a felicidade
Região da felicidade um estudo publicado no Journal of Neuroscience (Jornal da Neurociência) demonstrou, a partir de análises de imagens cerebrais, que pessoas felizes e otimistas têm uma região do cérebro com destacada atividade: o estriado ventral. O trabalho mostrou uma relação entre a ativação prolongada dessa parte do cérebro e o prolongamento de emoções positivas. Pessoas com níveis de atividade diferenciada no estriado ventral apresentavam índices mais altos de bem-estar psicológico e taxas mais baixas de cortisol, o hormônio do estresse e que, em patamares mais elevados, vem sendo associado também a um aumento das inflamações. Já um estudo da Universidade de Kyoto, no Japão, publicado na revista Nature Scientific Reports, mostrou que indivíduos que se autoavaliam como mais felizes e satisfeitos com a vida possuíam precuneus, uma região do cérebro, maior. Os pesquisadores acreditam que tanto o número de neurônios quanto a ramificação podem contribuir para que ocorra um aumento de volume dessa massa. Além dos antidepressivos No ano passado, um trabalho publicado por cientistas ingleses concluiu que não existe relação entre a depressão e baixos níveis de serotonina, considerado o hormônio da felicidade, no cérebro. A descoberta chama atenção dos especialistas porque a maior parte dos antidepressivos trata os níveis de serotonina. A conclusão dos pesquisadores foi de que a felicidade está além dos níveis desse hormônio no cérebro. Memórias positivas Cientistas descobriram que o cérebro gasta mais energia para guardar uma memória positiva e, por isso, ele pode ser naturalmente pessimista. Em julho do ano passado, cientistas americanos descobriram, em uma experiência com ratos, a neurotensina, uma molécula responsável pela classificação das memórias como positivas ou negativas. O estudo demonstrou que o cérebro precisa fazer mais esforço, produzindo a neurotensina, para gravar memórias boas. Existe uma propensão à negatividade; e isso pode ser proposital, para fortalecer o mecanismo de sobrevivência. A principal tese dos pesquisadores é que se a neurotensina ficar em níveis cronicamente baixos, aumenta o risco para depressão e ansiedade. A molécula também ajuda a controlar a quantidade de dopamina no cérebro. |  Foto: Canva

A felicidade fascina a humanidade há muitos anos. Desde os primeiros filósofos, os seres humanos buscam descobrir o que é e como ser feliz. 

Mas, nos últimos anos, o assunto que sempre foi objeto de poemas e conceitos filosóficos tem movimentado a ciência. Estudos e experimentos do cérebro têm ajudado a entender o que é e como a felicidade pode ser alcançada. 

A Ciência da Felicidade ainda é uma vertente recente, mas já mostra novidades sobre o assunto. Um estudo conseguiu identificar a área do cérebro relacionada à felicidade e à molécula que ajuda a gravar lembranças positivas. 

Outra novidade foi descoberta por um grupo de cientistas ingleses, que concluiu que não há relação entre  depressão e baixos níveis de serotonina, considerado o hormônio da felicidade, no cérebro.

“Se pensarmos que a maioria dos antidepressivos atua no controle da serotonina, nos leva à dúvida se realmente estamos tratando adequadamente a depressão. Ao mesmo tempo, estudos com antidepressivos com atuação serotoninérgica tiveram efeito positivo em relação ao controle com placebo”, pondera a médica Thais Silveira.

Especializada em  psiquiatria, a médica ajuda a entender que o problema não está no tratamento. “A conclusão é que não apenas a serotonina está envolvida, como outras regiões cerebrais e outras funções”.

Um outro estudo, destacado pelo cientista da felicidade Gustavo Arns, entre vários, é   sobre os 500 milhões de neurônios do intestino. “Com isso, nosso intestino é nosso segundo cérebro e ele possui um papel central no nosso bem-estar. Hoje sabemos que comidas ultraprocessadas, inclusive, influenciam negativamente no nosso humor”.

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Segundo os especialistas no assunto, a Ciência da Felicidade  está baseada em estudos da psicologia positiva, neurociência e inteligência emocional.

“A psicologia positiva, aliada ao entendimento de como o cérebro funciona, com o desenvolvimento da neurociência, conseguiu avanços gigantescos nessa área. São cientistas de todo o mundo, das melhores universidades, pesquisando sobre o assunto. E a ‘má notícia’ é que não há uma fórmula mágica”, diz a neuropsicóloga especialista em Ciência da Felicidade Sandra Teschner.

“Ser grata todos os dias muda tudo”

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Cidades Novas descobertas da Ciência sobre a "química da felicidade" NA foto: A empresária Grasielli Ricardo Ribeiro, 34 Foto: Douglas Schneider |  Foto: Douglas Schneider/AT

Quem conhece a empresária  Grasielli Ricardo Ribeiro, 34 anos, sabe que com ela tempo ruim não dura muito e o alto-astral é sempre prioridade. Ela conta que sempre foi uma pessoa feliz e animada e que o segredo é ser grata todos os dias. 

“Tento sempre ver o lado bom das coisas, deixando fluir com mais leveza. O que me mantém sempre alegre e feliz é a fé, minha família, amigos e meu trabalho também. Ter pessoas do meu lado que me inspiram a ser a cada dia melhor. Ser grata todos os dias é o que muda tudo”, conta. 


FIQUE POR DENTRO


O que é a ciência da felicidade? 

É a área que se dedica a estudar, de maneira científica, sobre o entendimento do sentimento de felicidade, como ele se aplica no dia a dia, formas de prolongá-lo e maneiras de inseri-lo nas pequenas coisas que nos acontecem no dia a dia, com o objetivo de sermos realmente felizes e com propósito.

Foi no início dos anos 2000 que o termo Ciência da Felicidade passou a fazer parte da academia com o surgimento da Psicologia Positiva.

Atualmente, compreende-se o campo da Ciência da Felicidade como um campo multidisciplinar composto por três principais pilares: psicologia positiva, neurociência e ciência das emoções, que é a inteligência emocional.

Quarteto da felicidade

A neurociência acredita que a felicidade está no equilíbrio de quatro neurotransmissores:

1. Serotonina: produzida a partir do triptofano. Então, uma alimentação saudável pode influenciar na sua concentração. Alimentos como vinho tinto, banana e tomate são recomendados, além da atividade física, exposição ao sol e atividades relaxantes.

2. Endorfina: principal hormônio  do bem-estar, sendo ainda um analgésico natural e fortalecedor do sistema imunológico. É produzido pela hipófise sob estímulo de atividade física, comer chocolate amargo e dançar.

3. Ocitocina: é o hormônio do amor, relacionado à maternidade. É produzida no hipotálamo, liberada  com a amamentação, carinho em pessoas especiais e em animais, e com práticas de ações que geram sensação de afeto.

4. Dopamina: se associa mais ao circuito da recompensa, relacionada também a funções cognitivas e cardíaca. Pode ser liberada após a sensação de dever cumprido. Ter uma rotina com metas a serem cumpridas é uma boa forma de estimular sua liberação.

DESCOBERTAS

Região da felicidade 

um estudo publicado no Journal of Neuroscience (Jornal da Neurociência) demonstrou, a partir de análises de imagens cerebrais, que pessoas felizes e otimistas têm uma região do cérebro com destacada atividade: o estriado ventral. 

O trabalho mostrou uma relação entre a ativação prolongada dessa parte do cérebro e o prolongamento de emoções positivas. Pessoas com níveis de atividade diferenciada no estriado ventral apresentavam índices mais altos de bem-estar psicológico e taxas mais baixas de cortisol, o hormônio do estresse e que, em patamares mais elevados, vem sendo associado também a um aumento das inflamações.

Já um estudo da Universidade de Kyoto, no Japão, publicado na revista Nature Scientific Reports,  mostrou  que  indivíduos que se autoavaliam como mais felizes e satisfeitos com a vida possuíam precuneus, uma região do cérebro,  maior. Os pesquisadores acreditam que tanto o número de neurônios quanto a ramificação  podem contribuir para que ocorra um aumento de volume dessa massa.

Além dos antidepressivos

No ano passado, um trabalho publicado por cientistas ingleses  concluiu que não existe relação entre a depressão e baixos níveis de serotonina, considerado o hormônio da felicidade, no cérebro. A descoberta chama atenção dos especialistas porque a maior parte dos antidepressivos trata os níveis de serotonina.

A conclusão dos pesquisadores foi de que a felicidade está além dos níveis desse hormônio no cérebro.

Memórias positivas

Cientistas descobriram que  o cérebro gasta mais energia para guardar uma memória positiva e, por isso, ele pode ser naturalmente pessimista. Em julho do ano passado, cientistas americanos descobriram, em uma experiência com ratos,  a neurotensina, uma  molécula responsável pela classificação das memórias como positivas ou negativas. 

O estudo demonstrou que o cérebro precisa fazer mais esforço, produzindo a neurotensina, para gravar memórias boas. Existe uma propensão à negatividade; e isso pode ser proposital, para fortalecer o mecanismo de sobrevivência. 

A principal tese dos pesquisadores é que se a neurotensina ficar em níveis cronicamente baixos, aumenta o risco para depressão e ansiedade. A molécula também  ajuda a controlar a quantidade de dopamina no cérebro.

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