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Polícia

ES está na rota do tráfico internacional, diz Polícia Federal

Localização geográfica e porto estruturado fazem o Estado ser alvo de traficantes que querem enviar droga para outro países


Imagem ilustrativa da imagem ES está na rota do tráfico internacional, diz Polícia Federal
Contêineres parecidos com os que os traficantes usam para levar drogas pra a Europa |  Foto: Reprodução /Canva

No rastro da organização criminosa, a Polícia Federal revela que o Espírito Santo está  na rota  do tráfico internacional de drogas, que são escondidas por traficantes em contêineres, inclusive com  mármore e granito, em cascos de navios e até veleiros.

À frente das investigações, o  titular da Delegacia de Repressão a Drogas,  Victor dos Santos Baptista,  explica que a cocaína é produzida na Bolívia, Colômbia   e Peru e tem como destino principal o continente europeu e os Estados Unidos. 

“O Brasil é uma rota de passagem, e os criminosos utilizam esse modal marítimo, principalmente pelo fato de poderem encaminhar grandes quantidades de cocaína para o exterior. O Espírito Santo está  se consagrando como uma rota internacional”.

Ele explica porque as drogas são escondidas em chapas de  mármore e  o granito. “Principalmente Cachoeiro de Itapemirim é considerada a capital do mármore e do granito. Então, existem muitas exportações de pedras ornamentais para o exterior, que saem daqui dos portos capixabas. Os criminosos se valem dessa situação para encaminhar as drogas”.

Ele conta que a pedra é pesada, difícil de ser fiscalizada, mas a polícia está atenta e consegue chegar  aos criminosos. “A Polícia Federal  desenvolve muitas técnicas especiais de investigação e, dessa forma, conseguimos monitorar os criminosos e identificar  eventuais contêineres com drogas”.

O delegado conta  que há empresas que são coniventes com o esquema criminoso.  Outras apurações, no entanto,  mostram que há empresários que são enganados pelos criminosos.

“No caso do flagrante em outubro de 2021, em Cachoeiro, três empresas  de mármore e granito foram vinculadas com essa exportação, mas  foi mostrado que elas não tinham participação no crime”.

Sobre os próximos passos  da polícia, Victor Baptista salienta que  a partir de agora vem  a análise do material apreendido, entre os quais  celulares e documentos.

“O objetivo é alcançar novos integrantes do grupo criminoso, bem como fazer levantamento patrimonial para descapitalizar essa organização criminosa e, de fato, impedir que cometam crimes”.

Traficante forjou morte

O ex-policial militar Sérgio Roberto de Carvalho, 63, o major Carvalho, foi preso em junho do ano passado, na Hungria, após anos de buscas pelas autoridades nacionais e internacionais. Carvalho, segundo a Polícia Federal,  é conhecido como o “Escobar brasileiro” e é considerado um dos maiores traficantes do mundo em atividade.

Na operação “Chapa Branca”, desencadeada ontem, um novo mandado de prisão foi expedido contra ele e cumprido dentro da cadeia, na Hungria. Até o momento, o “Escobar brasileiro” totaliza três mandados de prisão.

Carvalho ganhou o apelido de Escobar em alusão ao narcotraficante colombiano Pablo Escobar. O brasileiro  comandava uma grande organização criminosa, que enviou 45 toneladas de cocaína para a Europa,  material avaliado em 

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R$ 2,25 bilhões, segundo as investigações da Polícia Federal. O esquema teve início em 2017.

Para fugir da busca implacável da polícia,  ele decidiu forjar a própria morte ao saber que o Ministério Público da Espanha iria pedir a condenação dele, com pena prevista de 13 anos e seis meses.

Carvalho já estava na mira das autoridades internacionais e chegou a ser dado como morto no dia 20 de agosto de 2020.

O médico Pedro Martin Matos, de Málaga, assinou o atestado de óbito e  está sendo investigado. 

Carvalho começou a vida no crime  na década de 1980, quando foi  denunciado por  contrabando. Ele  driblou muitas vezes as autoridades europeias e até deixou para trás 11 milhões de euros  (R$ 61 milhões) escondidos em uma van em Portugal.

Bandidos escondem drogas em navios

Rota do tráfico 

As investigações e até mesmo    o grande  volume   de apreensões no modal marítimo  colocam o Espírito Santo em lugar de destaque para o tráfico internacional de  cocaína.

A logística do Estado e a facilidade de embarcação de drogas, segundo a Polícia Federal, contribuem.

Modalidades 

o  titular da Delegacia de Repressão a Drogas, delegado federal  Victor dos Santos Baptista, apontou algumas modalidades que são usadas pelos traficantes.   

Cascos de navios

“A caixa mar,  compartimento  nos cascos dos navios, é uma das modalidades.  Essa forma de envio tem sido usada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) no Estado. A droga é acoplada nesse compartimento”.

Contêineres 

há a  modalidade de trading:  esconder a droga dentro de contêineres.

“Você manda a droga  dentro de contêineres, como  no caso das chapas de granitos, em outubro de 2021, quando um empresário e um ex-policial militar foram flagrados com 350 quilos de cocaína”.

O delegado citou uma apreensão de drogas que estavam escondidas em sacas de café, no Porto de Santos (São Paulo), em março de 2022.

“Foram apreendidos 892 kg de cocaína. A empresa estava envolvida, era controlada pelo integrante de Colatina,  preso hoje (ontem)”.

Içamento

Nesse caso, os criminosos contam com a conivência dos tripulantes. 

“Um barco pequeno, carregado com a droga, se aproxima do navio, geralmente na área de fundeio, e os tripulantes jogam uma corda, içam a droga e a escondem no interior do navio. Fizemos uma apreensão em novembro de 2022 em uma casa na Serra, 785 quilos de cocaína apreendidos. Foi constatado que essa droga seria dessa modalidade”.

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