X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Vídeos

“Uso exagerado de rede social pode modificar o cérebro ”, disse especialista

Informações em excesso, vídeos curtos e muito entretenimento prejudicam o foco e a concentração


Imagem ilustrativa da imagem “Uso exagerado de rede social  pode  modificar o  cérebro ”, disse especialista
Gilson Cavalcanti diz que cérebro não está preparado para redes sociais |  Foto: Reprodução/TribunaLab

A sociedade moderna vive em uma era digital onde as redes sociais, como o TikTok, têm um papel central no dia a dia. São muitas informações, vídeos curtos e muito entretenimento, tudo chegando com muita velocidade.

“Mas toda essa modernidade pode atrapalhar a concentração e o foco e até mesmo modificar o cérebro”, como alerta o cientista da computação e especialista em Tecnologia para Educação Gilson Cavalcanti, que também é diretor de tecnologia da Edify Education. 

O especialista, que esteve em Vitória  palestrando no Congresso de Pais do Darwin,  também esteve no TribunaLab para falar sobre os prejuízos e potenciais da geração Tik Tok, que é influenciada pelo dinamismo das  redes sociais no aprendizado e na concentração.  

A Tribuna - Quais são as principais características da geração TikTok?

Gilson Cavalcanti -  É uma geração que está superexposta, mas não podemos pensar apenas no tempo de tela. Acho que temos de trocar um pouco esse termo para dar mais luz aos pais em relação a isso. É  mais uma característica de superexposição sensorial. 

Os estudos científicos que copiamos mostram que é uma geração de fato mais ansiosa e mais exigente com o tempo de atenção.  É uma geração onde o tempo que conseguem se concentrar em algo é menor.  E não só eles, na verdade, nós, adultos,  também somos vítimas disso. Os estudos também são bem claros em dizer que esse problema da superexposição não é exclusivo para crianças, nem adolescentes.

Acredito que essa é a principal característica:  a superexposição e suas consequências

Mas essa superexposição seria o tempo de tela ou a quantidade de conteúdo? 

Acho que esse termo “tempo de tela” ou “tempo excessivo de tela” não ajuda muito. Se olharmos os últimos estudos sobre o tema acadêmico, o mais comum  é encontrar o  termo “superexposição sensorial crônica”. Termo que acho bem ilustrativo. Primeiro a superexposição, que já fala por si. Sensorial  é  o nosso aparelho sensorial, que nascemos com ele, a visão, audição.

Esses aparelhos sensoriais são feitos para o dia a dia que vivemos, o ambiente físico. Se olharmos a evolução como espécie, a mudança para o que temos hoje em termos de superexposição, principalmente a telas, acontece em uma fatia de tempo muito pequena  para uma história gigante de evolução. 

Toda evolução mostra que não conseguimos mudar um organismo em uma fatia de tempo muito pequena, ou seja,  temos um aparato físico-sensorial que é perfeito para situações físicas, por mais frenético que seja o ambiente. Agora, as telas trazem um tipo de troca de contexto que nosso aparelho não está pronto para ele. Nosso cérebro não está preparado para essa dinâmica das redes sociais. 

O que é essa troca de contexto?

Quando a gente assiste a um vídeo no YouTube, por exemplo, é um vídeo que tem um tipo de edição frenética. Temos  uma pessoa falando, e na sequência corta para uma tomada B, como se diz na linguagem da edição. Depois corta o contexto para outro, e para  outro. 

Essa característica de troca de contexto  é muito rápida. Essa troca é a mais comum nos vídeos, principalmente aos quais os adolescentes estão expostos e mais acostumados a ela. Então,  é como se algumas atividades que acontecem nas telas ligassem o “reloginho” dessa superexposição.

Mas  nem tudo é superexposição, temos que  pensar muito no que se passa nessa tela. Esse é um fator interessante! Há estudos que mostram que não é apenas o tempo de tela, mas depende do que está passando nela. 

Como pai,  como educador, temos sempre que pensar no conteúdo que está naquela tela.  

Leia mais:

Menino autista do ES recebe encomenda de desenhos até na Austrália

Família de modelo do ES pede ajuda após mulher sofrer acidente na Inglaterra

E como isso se desdobra para o aprendizado?

Quando construímos, por exemplo, uma interface para que o aluno estude, temos de tomar uma série de cuidados para que seja atrativa, mas que não superexponha o aluno. Um estudo de 2018 mostra  que sete ou mais horas de superestimulação sensorial crônica geram  afinamento do córtex. 

E isso é irreversível. Então, a superexposição causa danos irreversíveis ao cérebro. O córtex cerebral é a área do nosso cérebro onde aprendemos, onde fica tudo que fazemos de novo. É essa área que vai trabalhar quando está lidando com aquela situação que você não viveu ainda. 

Só que, à medida que essas conexões novas são feitas, elas, literalmente, vão se internalizando. Então, isso é bem preocupante, por isso  precisamos estar muito atentos ao tipo de superexposição que estamos criando para a criança com aquela tela. 

Como os pais podem evitar essa superexposição?

Olhando novamente para a ciência, temos o conceito de mediação parental, que nada mais é do que, como o próprio nome diz,  os pais ou os responsáveis estarem mediando  a vida digital dos filhos. Os artigos separam em dois tipos: a mediação ativa e a restritiva. 

Essa última é aquela que o pai vai restringir o  tempo que o filho fica nos dispositivos,  os conteúdos que ele pode ter acesso. 

Já a mediação parental ativa requer tempo e dedicação dos pais, mas é uma forma mais eficaz de orientar e proteger os filhos em relação à exposição digital.

PERFIL

Gilson Cavalcanti

- Cientista da Computação, diretor de tecnologia do Edify Education, sistema de ensino bilíngue.

- Especialista em Tecnologia para a Educação. É apaixonado por tecnologia e educação.

- Mais de 20 anos de carreira liderando times de engenharia de software e design para o desenvolvimento de aplicativos e experiência do usuário (UX).

Leia mais:

Roteiro com 20 arraiás para curtir em julho na Grande Vitória

Robô Castor vai ajudar crianças com autismo

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: