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Saúde

Ser uma pessoa ativa faz viver 5 anos mais, diz estudo

Quanto mais ativa a população for, maiores serão as expectativas de vida, diz estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine


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Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que no Estado há 680 mil pessoas com mais de 60 anos. Em 10 anos, esse número chegará em 924 mil.

E quanto mais ativa a população for, maiores serão as expectativas de vida, diz estudo recente publicado no British Journal of Sports Medicine (Jornal Britânico de Medicina Esportiva). Segundo a pesquisa, pessoas ativas vivem, em média, cinco anos a mais que os menos ativos.

“Esse estudo mostrou que a inatividade traz riscos de menores expectativas de vida semelhantes a outras condições, como tabagismo e hipertensão arterial”, comenta a endocrinologista Priscila Pessanha.

“O interessante desse estudo, também, é ter mostrado que pessoas acima de 40 anos que foram acompanhadas nos Estados Unidos e realizaram atividade física, como 25 % da população ativa de lá, aumentaram sua expectativa de vida em 5,3 anos. Ou seja, viveriam até os 83,7 anos ”.

Priscila, que também é presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional Espírito Santo (SBEM-ES), explica que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recomendado ao grupo de terceira idade são 150 a 300 minutos de atividade física semanal moderada ou 75 a 150 minutos de atividade física semanal intensa.

A geriatra Yara Nippes, diretora da defesa do profissional da Sociedade de Geriatria e Gerontologia do Espírito Santo (SBGG-ES), ressalta que, mesmo que o idoso não atinja essa meta, é importante que ele se mantenha sempre em movimento.

“Até nas menores atividades, como ir à padaria, farmácia ou evitar o elevador e subir escadas, todo movimento conta. A atividade física vai muito além do auxílio no controle das doenças crônicas. Ela melhora o humor, reduz estresse e ansiedade, aumenta a energia e a vitalidade, melhora a interação social, evitando o isolamento e a depressão, e reduz, inclusive, o risco de alguns tipos de câncer”, apontou.

A reumatologista Laiza Hombre destaca que os exercícios físicos têm sido estudados em muitas doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer.

“Todos os estudos mostram benefícios, redução de mortalidade e melhora na qualidade de vida. Sabemos que na osteoporose, quem é aderente a um exercício resistido pode reduzir seu risco de fratura (quebrar um osso) em até 30%. Parece pouco, mas esse ganho ultrapassa até o benefício de alguns remédios específicos”.

Benefícios

Imagem ilustrativa da imagem Ser uma pessoa ativa faz viver 5 anos mais, diz estudo
Oduvaldo e Otilia conhecem os benefícios da atividade física |  Foto: Kadidja Fernandes/AT

Os aposentados Oduvaldo José Baptestini, 80, e Otilia Brunoro do Espírito Santo, 78, conhecem bem os benefícios da atividade física. Oduvaldo conta que não tem doenças crônicas e atribui isso à atividade física, que pratica desde os 20 anos.

Dona Otilia malha desde os 30 anos. Ela já teve um AVC e passou 30 dias no hospital, mas se recuperou com fisioterapia e agora, com o marido, malha diariamente na Global Academia. “Ela ficou sem sequelas e a atividade física ajudou muito na recuperação, além dos bons hábitos alimentares durante toda a vida”, contou Oduvaldo.

Corrida e ioga

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Ivanilda já participou de mais de 100 corridas |  Foto: Acervo pessoal

Aos 77 anos, Ivanilda Terezinha Bragato já participou de mais de 100 corridas e coleciona diversas medalhas. Ela realizou sua primeira corrida em 2022.

Apesar de ter um problema pulmonar, ela ainda faz musculação e ioga. “Tenho um objetivo, que é servir de exemplo para meus netos. Coleciono medalhas para deixar para eles. A corrida é um esforço próprio”.

Entre os exercícios mentais, Ivanilda gosta de Sudoko, quebra-cabeça e jogar baralho.

“Saúde não é ausência de doenças”, afirma geriatra

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Roni Mukamal diz que doenças crônicas são controláveis |  Foto: Kadidja Fernandes/AT - 17/08/2022

É possível chegar à terceira idade sem doenças crônicas? Segundo especialistas, é possível, porém, nessa fase, é esperado o aparecimento dessas doenças.

“A saúde, nessa perspectiva de envelhecimento, não é ausência de doenças. A gente entende que essas doenças, de alguma forma, vão aparecer. O que queremos é empurrá-las para mais tardiamente”, destaca o geriatra Roni Chaim Mukamal.

Segundo o médico, o grande ponto é, caso elas apareçam, que o idoso possa conviver com elas de forma satisfatória e de forma que consiga controlá-las. “As doenças crônicas são controláveis. E se temos um bom controle, conseguimos minimizar seus impactos”.

“Para a geriatria, o indivíduo doente não é aquele que tem ou não tem doença, mas, sim, o doente é aquele que não consegue mais fazer as coisas. A ideia da geriatria é cuidar das doenças para que o paciente não tenha prejuízo funcional”, destaca o médico.

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