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Saúde

Perda de músculo causa 30% das mortes de idosos

Chamada de sarcopenia, perda de massa magra é um dos vilões da terceira idade


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Imagem ilustrativa da imagem Perda de músculo causa 30% das mortes de idosos
Perda de músculos pode gerar complicações na saúde de idosos, prejudicando a qualidade de vida e causando até mesmo a morte |  Foto: © Divulgação/Canva

A perda de massa muscular, chamada de sarcopenia, normalmente está associada à idade, sendo mais comum em idosos. Essa perda de músculo pode trazer vários problemas de saúde, como a perda da mobilidade.

O problema pode ser ainda mais grave: a sarcopenia – e a sarcopenia associada à obesidade – aumentam em cerca de 30% o risco de morte. O dado é resultado de uma revisão de estudos publicada na Jama, revista da Associação Médica dos Estados Unidos, que acompanhou quase 6 mil pessoas.

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A médica nutróloga Sandra Fernandes, da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), explica que após os 50 anos, estima-se que há perda anual de 1% de massa muscular, 2% da velocidade de marcha e de 1,9% a 5% da força de preensão palmar (força dos músculos flexores da mão e do antebraço).

“Essa redução de massa muscular atinge aproximadamente 20% das mulheres. A sarcopenia tem sido apontada como determinante para o decréscimo da capacidade funcional, fragilizando os idosos, dificultando a execução das atividades de vida diária, aumentando o risco de quedas e prologando as internações”, aponta a médica.

No caso da sarcopenia associada à obesidade, Sandra explica que a condição, embora seja recentemente estudada, tem sido referida como importante causa de fragilidade física.

“É mais frequentemente relatada em pessoas idosas, pois o risco e a prevalência aumentam com a idade. A obesidade exacerba a sarcopenia, aumenta a infiltração de gordura no músculo”.

O oncologista Fernando Zamprogno, da Rede Meridional, alerta que há pessoas que perdem mais massa magra devido ao sedentarismo. “Sem contar ainda a alimentação inadequada, já que para fazer músculo deve-se comer proteína, e a nossa alimentação, de modo geral, é muito relacionada aos carboidratos”, ressalta.

“Atividade física diária é o remédio mais barato, qualquer um pode fazer e em qualquer lugar, é só ter vontade. E a alimentação saudável é mais barata do que a industrializada”, enfatiza o oncologista.

Como forma de prevenir a sarcopenia e outras doenças, a dona de casa Adelina Sarmento Fischer, 70 anos, é adepta da atividade física. “Faço caminhadas e três vezes por semana pratico canoa havaiana, esporte que me dedico há 10 anos, participando de campeonatos e sendo medalhista”.

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Adelina Sarmento Fischer, de 70 anos, é adepta da atividade física para prevenir a sarcopenia e outras doenças |  Foto: Leone Iglesias / AT

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Sarcopenia

A sarcopenia é uma doença caracterizada pela acelerada perda de massa e força muscular com redução do desempenho físico nos indivíduos. Ela pode gerar dificuldade para realizar atividades rotineiras, como caminhar e subir escadas.

Cerca de 15% dos brasileiros têm sarcopenia a partir dos 60 anos de idade, chegando a até 50% após os 80 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

Na população feminina acima de 60 anos, 16% têm sarcopenia, e 14% dos homens, aproximadamente, acima dos 60 anos. Na mulher, isso ocorre tanto pela composição natural do organismo como também pelas alterações hormonais.

Prevenção

Para prevenir ou tratar a sarcopenia é ideal a combinação de exercícios físicos de resistência e uma nutrição adequada.

Riscos

A sarcopenia – e a sarcopenia associada à obesidade – aumentam em cerca de 30% o risco de morte em um período de 10 anos.

O dado é resultado de uma revisão de estudos, publicada na Jama, revista da Associação Médica dos Estados Unidos, que acompanhou quase 6 mil pessoas.

Diagnóstico

O diagnóstico de sarcopenia é feito pelo exame da densitometria, da composição corporal, associado a uma avaliação médica. Também é feito um exame de avaliação de força e da capacidade funcional.

Fonte: SBGG, Jama e pesquisa AT.

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