Argentino internado em hospital do ES apresenta melhora após visita do irmão
Ivan Perez, 27 anos, é argentino e está internado há mais de um mês no ES. Seu irmão Emanuel não o via há quatro anos
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O reencontro entre os irmãos argentinos Emanuel e Ivan Perez foi marcado por fortes emoções. Ivan, de 27 anos, está internado em Cariacica sem se comunicar com as pessoas.
Ontem, ao reencontrar o irmão após quatro anos, o paciente deu sinais expressivos usando uma respiração intensa e tentando mover mãos e boca, segundo médicos.
Ivan ficou internado no Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC) depois de ter sofrido um acidente, no dia 15 de março, na Praia da Costa, em Vila Velha, que o fez perder movimentos e formas de se comunicar.
No dia do acidente, Ivan não estava com documento que auxiliasse em sua identificação e, durante pesquisa junto à Polícia Civil, foi descoberto que ele não era morador do Estado.
Funcionários do hospital ficaram aflitos por não saberem o nome do paciente e não conseguirem contato com a família e iniciaram uma caça no objetivo de identificar o nome e familiares.
Um vídeo feito pela assessoria do hospital foi compartilhado na última quinta-feira, nas redes sociais. Em menos de 72 horas a família, que mora fora do País, teve acesso. O hospital foi comunicado em seguida, e uma videochamada com o paciente foi providenciada.
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Segundo Emanuel Perez, ao tomar conhecimento do acidente do irmão, a família fez de tudo para conseguir reencontrar o jovem, que estava como mochileiro no Estado e não via os parentes há quatro anos.
“Meu irmão era malabarista e equilibrista. Vê-lo nessa situação é muito triste. Agora, estamos aqui para dar apoio e ajudar na recuperação dele. Nós precisamos de ajuda, porque a situação no nosso país está difícil. Há quatro anos que não o vejo pessoalmente e há seis meses não nos falamos pelas redes sociais”, contou Emanuel.
Ainda segundo a família de Ivan, todo o processo está sendo doloroso, mas há esperanças que o paciente reaja bem ao tratamento após a aproximação do irmão. Já para o diretor do HEAC, Felipe Goggi, o tratamento humanizado tem dado bons resultados.
“Quando ele era chamado como paciente não identificado, os estímulos de resposta ao tratamento eram bem inferiores. Agora que ele tem um nome e está perto da família, a resposta clínica, ainda que pequena, é bem significativa”, completou o diretor.
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