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Saúde

Está mais difícil ter filhos, diz relatório da OMS

Órgão alerta que uma a cada seis pessoas tem infertilidade. Médicos relatam que idade e sedentarismo estão entre as causas


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Imagem ilustrativa da imagem Está mais difícil ter filhos, diz relatório da OMS
A fisioterapeuta Luciana Coelho Oliveira, 42 anos, e o marido, o empresário, Valto Vargas Bedin Júnior, 43 anos, com seu filho João Lucas, de 1 ano. |  Foto: Leone Iglesias/AT

Se antigamente ter vários filhos era uma facilidade para o casal, nos últimos anos tem havido um aumento preocupante na taxa de infertilidade entre os adultos.

De acordo com o novo relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 17,5% da população adulta, um em cada seis em todo o mundo, sofre de infertilidade.  

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O diagnóstico de infertilidade, segundo o ginecologista, especialista em Reprodução Humana Assistida Ronney Guimarães é definido pela incapacidade de conceber uma gravidez após 12 meses em  mulheres com até 35 anos e, acima de 35 anos, após seis meses.

“É uma soma de fatores que levam à infertilidade: cada vez mais a mulher está inserida no mercado de trabalho e a idade feminina vem avançando, os casais demoram mais a se planejar, o estilo de vida sedentário, contato com poluentes e alimentação pouco balanceada”.  

A ginecologista e doutora em Reprodução Humana Layza Merizio explica que a partir dos 30 anos a mulher  já começa a ter uma queda progressiva da fertilidade, tanto da quantidade quanto da qualidade dos óvulos.

“Os homens também sofrem impacto na fertilidade em relação à idade. Só que isso acontece a partir dos 50 anos. Ele tem uma renovação dos espermatozoides a cada três meses. Porém, com o passar dos anos, os espermatozoides que se formam começam a ter sua qualidade e quantidade prejudicada”, destaca Layza.

O médico Carlyson Moschen, diretor da Unifert, alerta que as mulheres não produzem óvulos durante a vida, o que pode levar à infertilidade. 

“Existe uma queda do número de óvulos que a mulher nasce, cerca de 2 milhões, durante a vida. Quando ela chega aos 38 anos estará com cerca de 25 mil óvulos”.

Para driblar a infertilidade, técnicas como congelamento de óvulos e fertilização in vitro são as recomendadas.

“Aconselharia as mulheres a não esperarem muito tempo. Tem um período de alta fertilidade, até os 32 anos. Hoje a mulher pode programar o congelamento de óvulos, significa que ela estará guardando os óvulos na idade em que ele foi congelado. A chance de gravidez permanece com a idade em que ela congelou”, ressalta o médico.

Se a mulher está se aproximando dos 30 anos e não tem perspectiva de gravidez, o recomendado é o congelamento de óvulos Layza Merizio, doutora em reprodução
 

Fertilização e pedido a Nossa Senhora

A fisioterapeuta Luciana Coelho Oliveira, 42 anos, e o marido, o empresário, Valto Vargas Bedin Júnior, 43, passaram  quatro anos tentando engravidar de forma natural, mas precisaram recorrer a uma clínica de fertilização para ter o pequeno João Lucas, de 1 ano.

Quando Luciana completou 40 anos, o casal procurou tratamento. “Quando era mais nova, achava que tinha tempo e priorizava o trabalho. Não tive um diagnóstico fechado de alguma doença. O médico concluiu que o impeditivo para eu engravidar  era a idade”, conta a fisioterapeuta, que chegou a pedir a Nossa Senhora Aparecida para engravidar.

“Para mim, foi um milagre. Graças à evolução da medicina temos o João”, afirmou Luciana.

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As mulheres precisam ter conhecimento que a quantidade de óvulos vai diminuindo ao longo da vida Carlyson Moschen, Médico
 

Técnica para engravidar pode chegar a R$ 25 mil

Para realizar o desejo da maternidade e paternidade, a fertilização in vitro, ou Fiv, é uma das técnicas de reprodução humana mais utilizadas no mundo e pode passar dos R$ 25 mil, segundo especialistas.

“A infertilidade pode ser de múltiplas causas, por isso, precisamos individualizar os tratamentos. Temos  a indução de ovulação ou coito programado, a inseminação intrauterina (inseminação artificial), e os tratamentos de fertilização in vitro”, destaca o ginecologista e especialista em Reprodução Humana assistida Ronney Guimarães.  

A ginecologista e doutora em Reprodução Humana Layza Merizio explica que  na relação sexual programada (quando há indução da ovulação e relação sexual no dia da ovulação), a taxa de sucesso chega a 25%. Já na inseminação intrauterina (sêmen depositado na cavidade uterina, após indução da ovulação), a taxa é de até 30%.

“Já a fertilização in vitro é um tratamento de alta complexidade onde o encontro do óvulo com espermatozoide acontece em laboratório. A taxa de sucesso vai depender da idade da mulher  e do estudo genético do embrião, mas  pode variar de 40% a 50%”.


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Infertilidade

Segundo o novo relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), muitas pessoas são afetadas pela infertilidade ao longo de suas vidas. Cerca de 17,5% da população adulta – 1 em cada 6 em todo o mundo – sofre de infertilidade.

De acordo com as novas estimativas, a prevalência da infertilidade varia pouco de região para região e as taxas são semelhantes em países de alta, média e baixa renda. A prevalência ao longo da vida foi de 17,8% em países de alta renda e 16,5% em países de baixa e média renda.

Relatório

O relatório fornece dados sobre a prevalência global e regional da infertilidade, analisando todos os estudos relevantes realizados entre 1990 e 2021. A pesquisa encontrou 12.241 estudos de todo o mundo que poderiam ser incluídos na análise. No final, foram selecionados 133.

Fertilização in vitro

Uma das alternativas para a infertilidade é a fertilização in vitro. O ciclo  ocorre quando a mulher é submetida à produção (estímulo ovariano) e retirada de oócitos (células reprodutivas femininas) para a realização de procedimentos de reprodução.

Dados de 2020, da Anvisa, mostram que o número de ciclos de fertilizações in vitro realizados no Brasil, quando comparado ao de 2019, diminuiu de 43.956 para 34.623, o que se acredita ser impacto da pandemia de covid-19.

Em 2021, os procedimentos voltaram a crescer, com a realização de 45.952 ciclos. Em 2020 e 2021, foram congelados mais de 202 mil embriões.  

Fonte: Opas e Anvisa.


ovário policístico

Gravidez após seis tentativas

Imagem ilustrativa da imagem Está mais difícil ter filhos, diz relatório da OMS
a comerciante Kamille Luppi, 45, e o ferroviário Jarbas Ton Daros, 47, com sua filha Bianca, de 5 anos. |  Foto: divulgação/Araceli Silva Fotografias

“Após seis tentativas de fertilização, veio a Bianca. Ela  é um milagre”. Assim resumem a comerciante Kamille Luppi, 45, e o ferroviário Jarbas Ton Daros, 47, o nascimento da filha, de 5 anos. Kamille, que foi diagnosticada com ovário policístico, conta que aos 27 anos começou a tentar engravidar. “A partir dos 35 comecei o processo de fertilização”.

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