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Saúde

Dengue já matou nove no ES e médicos explicam quando procurar ajuda

Números se referem aos 2 primeiros meses do ano, o que equivale a 576 casos por dia. Médicos explicam quando buscar ajuda


Imagem ilustrativa da imagem Dengue já matou nove no ES e médicos explicam quando procurar ajuda
Casos de dengue têm aumentado no Estado neste ano |  Foto: Reprodução / Canva

Em apenas dois meses do ano, o Estado já tem vivido uma epidemia de dengue. Já foram nove mortes pela doença e mais de 34 mil casos notificados, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), uma média de 576 notificações por dia.

Preocupados com o aumento expressivo de casos, médicos entrevistados pelo jornal  A Tribuna explicam quando se deve procurar ajuda médica.

Dor abdominal intensa, náuseas, vômitos persistentes e hemorragias são sinais de alarme para a dengue grave, que pode levar à morte, e precisam de atendimento médico urgente, segundo explicam os especialistas.

“A dengue é uma doença febril. Os sintomas inicias são febre de início abrupto,  dor de cabeça, prostração, dor no corpo intensa e dor articular. As formas graves também são acompanhadas de manifestações hemorrágicas”, explica a infectologista Ana Carolina D’Etorres, da Unimed.

Ana Carolina alerta ainda que a dengue pode levar a um colapso do sistema circulatório, chamado de choque. 

“Com esse aumento de casos que estamos tendo, com tendência a piorar devido às chuvas de março que favorecem o crescimento do vetor, é importante que, quem apresentar sintomas, procure um médico para fazer uma avaliação”, recomenda.

Os sintomas mais graves, como dor abdominal intensa, vômitos, confusão mental e queda de pressão, de acordo com a médica, ocorrem do quinto ao sétimo dia da doença. “A dengue precisa ser acompanhada para ver a evolução do quadro”, destacou Ana Carolina.

A infectologista e professora de Medicina da UVV Mylene Murad ressalta que a recomendação é que, aos primeiros sintomas, o paciente  se encaminhe à unidade básica de saúde e já comece a se hidratar.

“Ele já deve ingerir líquidos, como água, sucos e  água de coco. Nesse momento, dos sintomas iniciais, ele precisa procurar atendimento médico. Nesta primeira consulta, o  profissional prescreve a medicação, a hidratação adequada e um possível retorno, dependendo do estado do paciente”.

A médica  destaca ainda que, quando ocorre o choque pela dengue, acontece a fuga de líquidos da corrente sanguínea, deixando o paciente com pouco volume de líquido circulando, podendo ocorrer  a morte. “O tratamento é um grande volume de hidratação para manter o paciente estável”.

Sorotipo 2 não circulava desde 2019

Por que tantos casos de dengue no Estado?

Circulação do DENV-2, conhecido como sorotipo 2 da dengue; questões climáticas, com o verão chuvoso; e a sazonalidade são alguns dos motivos que estão influenciando no aumento de casos da doença  no Estado, segundo pontuou o  chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa),  Roberto Laperriere.

O Denv-2 é um dos quatro sorotipos de vírus da dengue e a circulação dele não era detectada desde 2019 no Estado.

Sinais da dengue

Os principais sintomas  são febre alta  acima de 38 °C; dor no corpo e articulações; dor atrás dos olhos; mal-estar; falta de apetite; dor de cabeça; manchas vermelhas no corpo.

Os sinais de alarme são caracterizados principalmente por dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosa, confusão mental, queda de pressão, que ocorrem do 5º ao 7º dia da doença. 

Quando procurar ajuda médica?

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta que, em caso de quaisquer sintomas como febre, dor no corpo, dor articular, dor muscular, dor ao redor dos olhos, dores abdominais, náusea, vômitos, dor de cabeça, deve-se iniciar imediatamente a hidratação, com a ingestão de água, sucos naturais, chás. Além disso, procure um serviço de saúde mais próximo.

Alerta

Ontem, a Sesa divulgou um alerta da situação epidemiológica da dengue no Espírito Santo voltada aos profissionais da saúde de todo o Estado.

A intenção do alerta, segundo Roberto Laperriere, é fazer com que os profissionais, que há anos foram capacitados e estão no serviço, voltem a se atentar para o manejo clínico adequado e protocolos de atendimento dos pacientes com dengue,  para que não haja  atendimento equivocado.

Combate ao mosquito

Para combater o mosquito, Aedes aegypti,  transmissor de arboviroses como dengue, zika e chikungunya, é importante que a população tenha alguns cuidados,  uma vez que 80% dos focos encontram-se nas casas.

São eles: limpar o quintal, tirar água dos pratos de plantas, tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água e escovar bem as bordas dos recipientes.

os números

Casos de dengue

Já foram mais de 34 mil casos notificados no Estado, desde janeiro deste ano. Uma média de 576 casos por dia.

Em 2022, foram 21 mil casos, segundo o 52º boletim epidemiológico da dengue, divulgado no site da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Mortes

Foram confirmadas nove mortes pela doença somente neste ano.

Em todo o ano passado, foram seis mortes.

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Reforço para atender pacientes

“Estamos enfrentando um período epidêmico da dengue, com uma explosão de casos. É  uma doença evitável, mas   que mata. O que evita  gravidade e óbito é a hidratação. Se tiver  sintomas, como dor no corpo, febre, dor no olho e dor abdominal, por exemplo,  procure o ponto de hidratação”.

O alerta foi feito ontem por Bernadete Coelho Xavier,  secretária de Saúde da Serra, um dos municípios que conta com pontos de hidratação para tratar da doença.  

Na Serra,  os trabalhos de combate à dengue estão sendo intensificados  por meio de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti e no reforço à assistência aos pacientes sintomáticos.

No Carnaval, foram criados  pontos de hidratação em Boa Vista, só nos três dias,  e Feu Rosa.

“Nós estamos também com outro  ponto de hidratação na Regional de Jacaraípe e ontem (segunda-feira), abrimos  mais um ponto de hidratação no prédio da extinta Maternidade de Carapina para pacientes com a doença”.

O atendimento será de segunda a sexta-feira, das 7 às 19 horas, no prédio da extinta Maternidade de Carapina, localizada ao lado do Ambulatório Municipal de Especialidades (Ames), em Jardim Limoeiro, por livre demanda.

O serviço seguirá o protocolo, que inclui atendimento médico ou do enfermeiro e, havendo necessidade, serão realizados exames clínicos e laboratorial. Se  for preciso, o paciente será medicado e hidratado.

A secretária acrescenta que o município acompanha o avanço de caso e, se necessário, abrirá alguns pontos aos finais de semana. 

Em Vitória,  o morador  que apresentar sintomas da doença pode buscar atendimento em umas das 29 unidades de saúde e nos dois prontos atendimentos. 

Na capital,  três unidades de referência foram reforçadas com equipamentos e profissionais para atender pacientes com suspeita.

“Uma sala de hidratação foi montada na unidade de saúde de Maruípe e, está em andamento, a montagem nas unidades de Conquista e Santo Antônio. Elas  funcionam todos os dias, das 7 às 19 horas”, disse a secretária de Saúde, Joanna De Jaegher.

Cariacica, como destaca o secretário de Saúde, César Colnago,   conta com  a mega-ação de combate à dengue nos locais de maior incidência de notificações.

Segundo ele, cerca de 100 servidores estão envolvidos no trabalho para orientar a população sobre as medidas de monitoramento do Aedes aegypti e intensificar ações de controle do mosquito.

Os  pontos de hidratação são nos PAs do  Trevo de Alto Lage,  Nova Rosa da Penha I,  Bela Vista e Flexal. “Até a próxima semana, vamos abrir mais oito pontos: Valparaíso, Bela Aurora, Itaquari, Flexal, São Francisco, Rio Marinho, Santa Fé  e Santa Bárbara”, disse o secretário.

Sem forças e com dor pelo corpo

Depois de muita coceira pelo corpo, febre e as manchas vermelhas que surgiram, a secretária Daniela Gotardo, 30 anos, percebeu que se tratava de dengue e procurou o Pronto Atendimento de Anchieta. 

“Eu demorei para procurar atendimento porque não entendi que seria dengue e as unidades de saúde estão lotadas. Em Anchieta, foram quase três horas esperando. Eu tomei soro e remédio para dor. Confesso que não tinha força para levantar o braço, de tão fraca que a dengue me deixou. Foi uma semana para conseguir me recuperar”.

Diante da epidemia, ela diz que  pontos de hidratação no Sistema Único de Saúde (SUS) são muito importantes para que as pessoas melhorem mais rápido.

Dez dias de tratamento

Morador de Guarapari, o  vendedor Bruno Brandão, de 29 anos,   foi diagnosticado com dengue e passou 10 dias tomando soro em dias alternados para aumentar a imunidade e driblar a doença o quanto antes. 

As  plaquetas do jovem estiveram muito baixas e, com isso, febre, dor no corpo, falta de apetite e ânsia de vômito não cessavam. 

“Precisei ir à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) tomar soro um dia sim e outro não. Me senti muito mal, sem forças para sair da cama”, conta ele.

Onde procurar ajuda na rede pública

Vitória

Neste ano,  foram notificados 4.961 casos de dengue. O morador   que apresentar sintomas  pode buscar atendimento em umas das 29 unidades de saúde e nos dois prontos atendimentos do município. 

três unidades de referência foram reforçadas com equipamentos e profissionais para atender pacientes com suspeita de dengue.

Uma sala de hidratação foi montada na unidade de saúde de Maruípe, e está em andamento a montagem nas unidades de Conquista e Santo Antônio.

Vila Velha

O município disse que as equipes de Vigilância Ambiental trabalham ativamente para o controle e combate à dengue. Neste ano, foram notificados 1.655 casos da doença, até o momento sem registro de morte. 

As unidades de Saúde, de Pronto Atendimento (PA) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA), segundo o município,  estão preparadas para receber as pessoas com suspeita de dengue.

Serra

os trabalhos  estão sendo intensificados  por meio de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti ou no reforço à assistência aos pacientes com sintomas. 

na última segunda-feira, o município abriu mais um ponto de hidratação. O  atendimento será de segunda a sexta-feira, no prédio da extinta Maternidade de Carapina, localizada ao lado do Ambulatório Municipal de Especialidades (Ames), em Jardim Limoeiro, por livre demanda.

Essa força-tarefa, que busca reduzir o número de casos da doença, começou no Carnaval.  Desde 20 de fevereiro, a Unidade Regional de Feu Rosa oferece esse serviço, de segunda a sexta, das 8 às 17 horas. Não há necessidade de agendar. 

Agora, na Unidade Regional de Novo Horizonte também foi montado um posto de cuidados voltados aos pacientes com sintomas de dengue, seguindo os mesmos critérios dos demais pontos de assistência. 

Em Novo Horizonte, o atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas.

Cariacica

De  janeiro até agora, foram notificados  2.265 casos, uma morte de um jovem de 25 anos confirmado e dois casos sendo investigados.

O município realiza uma  mega-ação de combate à dengue nos locais de maior incidência de notificações, que inclui frentes, como orientação, limpeza e reforço nos atendimentos. 

Pelo cronograma, Castelo Branco recebe os serviços hoje. Amanhã será a vez de Cariacica-Sede e, na sexta-feira, em Jardim América.

Há Pontos de hidratação nos  PAs do  Trevo de Alto Lage,  Nova Rosa da Penha I,  Bela Vista e Flexal. 

Oito novos pontos de hidratação nas unidades estão sendo estruturados e até a próxima semana devem começar a atender os pacientes.  São eles: Valparaíso, Bela Aurora, Itaquari, Flexal, São Francisco, Rio Marinho, Santa Fé  e Santa Bárbara.

Viana

Foram registrados 338 casos suspeitos de dengue, sem  internação ou morte. Entre as ações adotadas, está a busca ativa realizada pelos agentes de endemias. 

Outras estratégias estão em prática em todos os bairros, como mutirões de limpeza em áreas públicas.

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