Queremos proteção aos estados, diz Casagrande
Governador se reuniu com Lira em diálogo para evitar perda para o Espírito Santo devido às mudanças que estão em debate em Brasília
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O governador do Estado Renato Casagrande (PSB) participou ontem de uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), em Brasília. A pauta em questão foi a discussão do texto da reforma tributária.
Em suas redes sociais, Casagrande fez um post comentando que há “esforço em conjunto para promover as mudanças necessárias para aprimorar o sistema tributário, levando em consideração as particularidades de cada estado”, escreveu o governador.
Depois da reunião, Casagrande ainda gravou um vídeo explicando de forma mais detalhada o que entende ser o melhor caminho para um texto ideal da reforma.
Na declaração, o governador voltou a falar sobre a importância do texto ser adequado para a realidade de cada estado.
“É preciso que a gente tome medidas e garanta no texto um relatório que proteja todos os estados do Brasil, em especial nosso Espírito Santo”, afirmou.
A declaração de Casagrande se refere ao tipo de cobrança de tributo nos estados. “Na hora em que migra a cobrança de tributo totalmente para o destino da área de produção para consumo, isso afeta os estados, beneficiando estados maiores e isso preocupa o Espírito Santo”, explicou.
Em outras oportunidades, Casagrande já havia defendido que a reforma tributária não poderia trazer um desequilíbrio regional, ou seja, que todos os estados precisavam ganhar com as mudanças tributárias.
Outro ponto comentado nesta quinta por Casagrande é que foi possível garantir, no texto da reforma, que os incentivos fiscais atualmente vigentes e que possuem contratos assinados continuarão valendo até pelo menos o ano de 2032.
“Isso vai ajudar o Espírito Santo a manter a atividade econômica. Além disso, conseguimos fazer com que o governo federal possa aceitar um fundo de desenvolvimento regional”, enfatizou o governador do Estado.
Entenda
Pontos da reforma tributária
A reforma tributária proposta pelo governo federal sugere um novo sistema de tributação, substituindo, por exemplo, cinco impostos por um imposto sobre bens e serviços (IBS), que seria gerido pela União, e outro IBS gerido por estados e municípios do Brasil.
Ainda, de acordo com o texto da matéria, haveria uma alíquota padrão e outra diferenciada para atender setores como o da saúde. Isso porque esses setores não têm muitas etapas, como a indústria.
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