Lula chama Bolsonaro de fujão e diz que ex-presidente deve ir 'para o xilindró'
O petista também afirmou que o adversário, réu no julgamento da trama golpista, será preso se a Justiça decidir
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O presidente Lula (PT) chamou nesta quinta-feira (24) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de fujão por não ter repassado a ele a faixa presidencial em 2023.
O petista também afirmou que o adversário, réu no julgamento da trama golpista, será preso se a Justiça decidir com base no que está nos autos.
"Agora [Bolsonaro] foi indiciado, o procurador-geral da República pediu sua condenação e ele vai sim, senhor, se a Justiça decidir com bases no autos, ele vai para o xilindró", disse Lula.
"O cara que tentou dar um golpe para não dar posse para mim, não teve coragem de me esperar, fugiu como rato foge. Agora fez as bobagens que fez e mandou o filho ir para Washington pedir a [Donald] Trump que intervenha no Brasil. É uma vergonha, falta de caráter", afirmou.
Em nova referência a Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Lula o chamou de "moleque irresponsável". O deputado federal, que está nos Estados Unidos, tem defendido as tarifas como forma de pressionar o governo Lula e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
O presidente esteve nesta quinta-feira em evento na cidade de Minas Novas (MG), no Vale do Jequitinhonha, para anunciar a construção de escolas e de um instituto federal para comunidades indígenas e quilombolas.
O petista ainda afirmou que, na época em que estava prestes a ser preso, em 2018, pessoas comentaram com ele sobre a possibilidade de pedir asilo a uma embaixada, mas que ele teria negado.
"Fiquei 580 dias preso, vieram me oferecer um acordo para ir a casa com tornozeleira de aço. Recusei o acordo, porque não troco minha dignidade por liberdade e não vou colocar tornozeleira porque não sou pombo-correio", afirmou.
O Supremo determinou na semana passada que o ex-presidente comece a usar tornozeleira eletrônica e fique proibido de se aproximar de embaixadas e consulados ou manter contatos com embaixadores e quaisquer autoridades estrangeiras.
A decisão fala em "indicativos da concreta possibilidade de fuga do réu" e necessidade de assegurar a aplicação da lei penal.
Durante o evento em Minas, a primeira-dama, Janja Lula da Silva, parte dos ministros e outros aliados do presidente que estavam no palco usaram bonés em verde com dizeres em amarelo, como "Nossa Bandeira é do Brasil" e "Make Brasil Lula Again" (Faça o Brasil Lula Novamente").
O último é uma referência ao acessório que virou uma das marcas de Trump à frente Casa Branca, em que o republicano frequentemente o usa com a escrita "Make America Great Again" (Faça a América Grande Novamente).
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi um dos políticos brasileiros que publicaram fotos com o boné em celebração à posse de Trump.
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