VÍDEOS | Polícia usa luminol para encontrar sangue em quarto onde médica foi morta
Luminol é uma substância química que emite uma luz azulada quando entra em contato com o sangue
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Policiais utilizaram uma substância química chamada luminol na segunda perícia feita na tarde de terça-feira (05) em um quarto de hotel em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, onde a médica psiquiatra Juliana Ruas El-Aouar foi achada morta, no último sábado (02).
Luminol é uma substância química que emite uma luz azulada quando entra em contato com o sangue. O intuito é identificar se há resquícios de sangue em outras partes do quarto, já que há suspeitas de que o motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, tenha entrado no cômodo e mexido na cena do crime.
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Vídeos mostram o trabalho dos peritos na cena do crime. Para realizar a perícia com a substância química, os policiais precisaram retirar a iluminação do quarto para usar uma luz especial em tom azulado, que revela os pontos com a substância.
Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Colatina, o delegado Deverly Pereira Junior ressaltou a importância do trabalho investigativo da Polícia Civil com a realização de exames técnicos feitos pela perícia. "Isso pode ser fundamental para a elucidação da cena do crime", disse ele.
Além da perícia, a reconstrução dos fatos para ajudar a entender o caso não está descartada pelo titular da DHPP de Colatina.
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As gravações das câmeras de videomonitoramento do corredor do quarto e do saguão do hotel estão analisadas e novas testemunhas serão ouvidas. Nas imagens, diz a polícia, é possível ver o motorista entrando, em alguns momentos, no quarto do casal.
Nesta quarta-feira (06), o delegado informou que a Polícia Civil de Minas Gerais cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento onde o casal morava.
Relembre
A Polícia Civil prendeu em flagrante o marido e o motorista da médica Juliana Ruas El-Aouar, que foi encontrada morta dentro de um quarto de hotel na manhã de sábado (02), em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo.
Juliana estava hospedada com o seu marido, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, em um quarto de um hotel na cidade, enquanto o motorista Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, estava hospedado no quarto ao lado. Durante a madrugada, outros hóspedes relataram "barulho e bagunça" no quarto do casal.
Segundo a Polícia Militar, pela manhã, o marido compareceu à recepção do hotel querendo pagar a conta e deixar o local o quanto antes. Funcionários relataram que ele estava "bastante alterado" e que teria informado que a esposa estava "passando mal, tendo desmaiado".
Diante do comportamento suspeito, o próprio hotel acionou o Samu, que esteve no local e atestou o óbito da vítima. Fuvio e Robson foram levados pela Polícia Militar para a Delegacia Regional de Colatina para depoimentos. Ainda no sábado, os dois foram autuados em flagrante, segundo a Polícia Civil, por meio de nota.
Juliana Ruas El-Aouar era filha do ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni, Dr. Samir Sagi El-Aouar. A Câmara Municipal da cidade mineira compartilhou uma nota de pesar em solidariedade à família e amigos da médica.
Fuvio Luziano Serafim foi autuado em "flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido, cometido contra a mulher por razões da condição de sexo feminino (feminicídio)".
Já o motorista Robson Gonçalves dos Santos foi autuado "em flagrante por homicídio qualificado por motivo torpe mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido".
Os dois foram presos e encaminhados para o sistema prisional, onde passaram por audiência de custódia na segunda-feira (04) e a Justiça decretou a prisão preventiva dos dois suspeitos.
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