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Polícia

Superintendente da PRF: “Bronca da minha chefe me fez querer estudar”

Novo superintendente da Polícia Rodoviária Federal, que nasceu em bairro na periferia de Cariacica, conta como atingiu seu objetivo


Imagem ilustrativa da imagem Superintendente da PRF: “Bronca da minha chefe me fez querer estudar”
Novo superintendente da Polícia Rodoviária Federal, Wemerson Mario Pestana |  Foto: Reprodução de vídeo

Com uma forte história de vida marcada por muita superação, o novo superintendente da Polícia Rodoviária Federal  (PRF), Wermeson Mario Pestana, de 43 anos, lutou bastante para chegar ao posto que sempre almejou. 

Nascido e criado em Cariacica, “o garoto de Mucuri” decidiu trilhar um caminho diferente de muitos jovens que crescem em áreas periféricas.  

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O policial, que participou de uma entrevista no estúdio Tribuna Lab, contou que começou a trabalhar aos 10 anos e que foi graças à bronca de uma antiga chefe que ele decidiu se dedicar de vez aos estudos.

A Tribuna - Quem é o Wermeson Mario Pestana, de onde ele veio?

Wermeson Mario Pestana - Eu vim de um bairro da periferia, chamado Mucuri, que fica em Cariacica. Trabalho desde os 10 anos. Já trabalhei em um bar, já vendi chup-chup nos campos e picolés para ajudar a família. Tenho uma família de oito irmãos, nenhum deles se envolveu com drogas, por mais que morássemos em um bairro periférico, e eu fui o primeiro a estudar. 

E como foi sua adolescência?

De muito trabalho. Aos 15 anos fui trabalhar em um supermercado na região de Cariacica como embalador. Um belo dia, eu estava trabalhando e tomei o chamado “esporro”. A dona, minha chefe, brigou comigo. Fiquei triste e naquele momento eu decidi estudar. A bronca da minha chefe me fez querer estudar.

De onde veio a vontade de ser policial?

Nesse momento de infância, eu morava próximo a uma rodovia, a BR-101, conhecida como Rodovia do Contorno. É um trecho federal. Eu via os policiais rodoviários passando por ali. Viaturas bonitas, atendendo muitos acidentes, e eu ficava ali próximo. Essa proximidade me fez querer ser policial. 

E como você se preparou para isso?

Eu sempre estudei em escola pública. Tive um professor no ensino médio, o Fábio Medina, que foi até o bar onde eu estava trabalhando e me deu conselhos. Disse que eu precisava estudar. Ele abriu um curso de pré-vestibular comunitário e eu fui para lá. A partir dali eu comecei meus estudos para conseguir entrar para uma universidade federal e foi o que fiz. Passei na Ufes e me formei em História. 

Chegou a lecionar?

Em 2000 eu comecei a dar aula em escolas públicas de Cariacica. Mas o sonho de ser policial estava ali, dentro de mim, guardado. Dava aula e estudava para concurso. E até passei em um concurso da  Polícia Civil, mas optei em voltar para a sala de aula.

Em que ano entrou para a PRF e quantos anos estudou para conseguir passar?

Fiz o concurso  em 2013. Fiquei cinco anos estudando até conseguir passar. Só que eu só fui chamado em 2016. Entrei para a PRF com 36 anos. Ou seja, não existe idade para realizar seus sonhos. 

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Você já atuou em causas sociais pela PRF?

Sim, fui para Petrolândia, em Pernambuco, onde fizemos um trabalho voltado para os direitos humanos. A PRF  tem uma Comissão de Direitos Humanos, voltada para educação, e eu fui demandado para atuar no combate à exploração do trabalho infantil. 

O que mais te marcou nesse trabalho?

As vezes em que crianças desnutridas corriam atrás das viaturas pedindo comida. Elas não pediam brinquedo, pediam comida! E isso me marcou muito. Fizemos um trabalho bom e acabamos conseguindo, inclusive, tirar muitas famílias de lixões. 

Acha que seu envolvimento com essa parte social tem relação com a vida que você teve na infância?

Com certeza. A gente que vem de baixo se coloca no lugar do outro, é aquela questão da empatia, e é isso que quero trazer para a minha gestão. Eu vim de um bairro carente, onde há pessoas que precisam de atenção, e a gente não pode fechar os olhos para essas pessoas. 

Qual recado você daria para os jovens que, assim como você, sonham em se tornar policiais?

Sonhe, foque e se dedique. Nada é impossível! E não adianta falar que você é de periferia e que não tem oportunidade, a oportunidade sempre está ali, basta você ter força de vontade e correr atrás.


quem é?

Wemerson Mario Pestana

Tem 43 anos e nasceu em  Cariacica. 

Entrou para a PRF em 2016, aos 36 anos. É formado em História pela Universidade Federal do Espírito Santo e cursa, atualmente, Direito. 

Pela PRF, já cumpriu missão em Rondônia, Amazonas, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Santa Catarina e no Distrito Federal. 

Atuava na Delegacia da PRF em Linhares, compondo Grupo de Fiscalização de Trânsito e Grupo de Educação para o Trânsito. Foi nomeado  superintendente da PRF este ano.

 

Tribuna Online
  

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