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Polícia

Estudante afirma ter sofrido ataque na Ufes e registra caso em delegacia do ES

Caso assustou alunos e funcionários, que chegaram a se trancar em prédios da universidade


Imagem ilustrativa da imagem Estudante afirma ter sofrido ataque na Ufes e registra caso em delegacia do ES
Banheiro em que teria acontecido o ataque |  Foto: Fábio Nunes/AT

Uma estudante, de 20 anos, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), conversou com a reportagem de A Tribuna e afirmou que foi atacada por uma jovem armada com uma faca, no banheiro do prédio de Direito da universidade. A entrevista aconteceu após a aluna registrar uma ocorrência na Delegacia de Polícia de Goiabeiras, em Vitória.

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Funcionários se trancam em salas e alunos deixam a Ufes após suspeita de ataque

O caso, segundo ela, aconteceu por volta das 8h30 da manhã desta segunda-feira (10), no campus de Goiabeiras da Ufes, em Vitória. Na ocasião, alunos de vários cursos foram dispensados pelos professores e servidores se trancaram dentro dos prédios, impedido a entrada de qualquer pessoa.

No local, a reportagem de A Tribuna informou que muitos alunos estavam do lado de fora da universidade e que, na tentativa de entrar em um dos prédios, encontrou as portas fechadas e servidores informando que não deixariam ninguém entrar por conta da suspeita de atentado.

De acordo com a jovem, ela foi ao banheiro após ter vontade de espirrar e, enquanto mexia no celular, avistou uma menina "muito estranha", com máscara e capuz, na porta da primeira cabine do banheiro. Ela chegou a enviar uma mensagem a seus amigos informando sobre a suspeita, mas não deu mais importância. 

Em um certo momento, no entanto, as outras pessoas que estavam no banheiro saíram e ficaram só a vítima e a agressora.  

"Nessa hora, ela me puxou pela roupa para dentro da cabine, trancou a porta e já colocou a faca no meu pescoço. Aí ela falou assim "preciso do seu celular' e eu coloquei o celular para trás de mim. A menina também estava muito nervosa e ela tinha minha idade, mais ou menos, muito novinha. Aí ela falou assim: 'não grita, não pede socorro, porque meu namorado está chegando armado aqui na Ufes e se acontecer alguma coisa, ele vai dar um tiro na sua cabeça'", contou a estudante.

Imagem ilustrativa da imagem Estudante afirma ter sofrido ataque na Ufes e registra caso em delegacia do ES
Estudante durante coletiva |  Foto: Fábio Nunes/AT

A aluna relatou ainda que ficou quieta, mas que assim que a suspeita fez a ameaça, sua amiga abriu a porta do banheiro. "Eu ouvi a porta abrindo e pensei assim 'deve ser minha amiga' e falei 'quem é'. Na hora, a menina ficou meio nervosa, porque ela não contava que eu fosse reagir, aí minha amiga falou 'sou eu', porque ela reconheceu minha voz. Quando ela respondeu eu já falei 'chama a polícia'".

A amiga da jovem, então, começou a bater na porta da cabine, na esperança de conseguir abrir para salvar a jovem, mas a agressora não permitiu. "Eu só pensei 'se ela me der uma facada aqui agora, pelo menos a polícia tá vindo'. Mas como ela não abriu a porta, minha amiga saiu do banheiro e começou a gritar chama a polícia".

Segundo a vítima, com a ação da outra estudante, a suspeita desencostou da porta da cabine "e eu aproveitei para tirar a mão dela, destranquei a porta do banheiro, já empurrei a porta pra cima dela e saí correndo. Aí só machuquei o dedo, não levei facada, Graças a Deus", respondeu aliviada. 

RESPOSTAS

Em nota, a Administração Central da Ufes informou que:

"Na manhã desta segunda feira, 10, foi verificada uma suspeita de ameaça a uma estudante, no campus de Goiabeiras. Os seguranças que atuam na Ufes e a Polícia Militar foram acionadas e imediatamente compareceram ao local. As informações disponíveis até o momento é de que se trata de um incidente isolado, não havendo relação com a Universidade ou com sua comunidade. A estudante foi protegida e encaminhada para cuidados imediatos", diz o comunicado.

A Ufes ainda informou que o suposto agressor não foi localizado e a Diretoria de Segurança e Logística da Universidade continua apurando a situação. Mesmo assim, as atividades no campus de Goiabeiras estão mantidas.

Já o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal, no entanto, orientou que todos os centros acadêmicos e diretórios entrem em contato com seus professores e turmas, pedindo o "esvaziamento das aulas". 

"Tomamos conhecimento de uma ameaça de ataque em nossa universidade e acreditamos que este tipo de ameaça deve ser levado muito a sério e que a segurança de todos os estudantes, professores e funcionários deve ser prioridade, mesmo se no final, for confirmado como boato", diz o comunicado do DCE.

Além disso, o diretório central também pediu que todos fiquem atentos e evitem circular pelos espaços da universidade que não sejam essenciais.

"Estamos em contato com os setores responsáveis para acompanhar a situação e garantir que todas as medidas necessárias sejam tomadas para garantir a segurança de nossa comunidade acadêmica, o que passa pela criação de um protocolo de risco. O DCE está cobrando medidas urgentes da universidade e qualquer atualização relevante será compartilhada com vocês assim que possível", completou.

O Centro Acadêmico Roberto Lyra Filho - Direito da Ufes também se manifestou. Leia na íntegra:

Lamentamos o grave fato ocorrido nesta manhã, 10/4, nas dependências do Direito e do Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, e exigimos uma rápida investigação por parte da Administração Central da Ufes, que envolva o efetivo de segurança interno e as polícias civil e militar.

Nos solidarizamos às estudantes e à turma diretamente envolvida que viveram esse momento de violência, que jamais deve ser repetida, e agradecemos aos docentes que agiram rapidamente para a proteção dos estudantes. 

Essa situação demanda uma revisão do nosso sistema de segurança, bem como o treinamento e estratégias individuais e coletivas de autoproteção. Necessitamos de um Plano de Segurança que seja construído junto a toda comunidade acadêmica da Ufes. 

Pedimos que evitem frequentar a Ufes hoje e compartilhar fotos, vídeos ou prints sobre o caso, pois isso não serve como conhecimento da situação, mas tão somente gera pânico, ansiedade e pode, infelizmente, instigar outras ações e com resultados piores.

Hoje as escolas do ES e do Brasil estão sob alerta diante dos que tentam causar o terror. Acreditamos que além da Operação Escola Segura, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e das Polícias Civis, que visa prevenir e reprimir as ações no ambiente escolar, também precisa alcançar os campi da Ufes.

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