Professor é indiciado por assédio sexual contra oito alunas em Linhares
Vítimas denunciaram o crime após participarem de uma palestra sobre abuso sexual na escola
A Polícia Civil indiciou um professor de uma escola de ensino médio de Linhares, no Norte do Espírito Santo, por assédio sexual contra oito alunas, entre 17 e 18 anos. De acordo com as investigações, o crime foi praticado diversas vezes, de forma contínua.
O caso foi denunciado após as vítimas participarem de uma palestra sobre abuso sexual realizada pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança, Adolescente e Idoso (DPCAI) na instituição de ensino. "Foi fundamental o trabalho preventivo e educativo da DPCAI, que proporcionou um ambiente seguro para que as vítimas tivessem coragem de denunciar as condutas abusivas do professor", explicou a delegada Viviane Furtado de Mattos Rezende, titular da delegacia.
Após o caso vir à tona, as vítimas foram ouvidas durante o inquérito policial e confirmaram os atos de assédio. Outros estudantes foram ouvidos como testemunhas e, ainda segundo a polícia, todos confirmaram que o professor tinha condutas inapropriadas com as alunas.
“As vítimas, todas estudantes sob responsabilidade pedagógica do investigado, relataram de forma coerente e detalhada a sistemática de constrangimentos de natureza sexual perpetrada pelo professor”, disse Viviane Furtado Mattos Rezende.
O caso veio à tona após as vítimas serem encorajadas a relatar os assédios durante uma palestra sobre abuso sexual realizada pela DPCAI na escola. "Foi fundamental o trabalho preventivo e educativo da DPCAI, que proporcionou um ambiente seguro para que as vítimas tivessem coragem de denunciar as condutas abusivas do professor", destacou a delegada Viviane Furtado de Mattos Rezende.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, as investigações também apontam omissão por parte da direção da escola. Documentos que constam no inquérito mostram que alunos levaram a situação até a direção da escola alguns meses antes das denúncias formais e nenhuma atitude foi tomada.
"A própria direção da escola já havia sido comunicada previamente sobre as condutas inadequadas do professor, conforme relatado por testemunhas, o que demonstra a reiteração e a gravidade dos fatos, bem como a omissão institucional no dever de proteção das estudantes", afirmou a delegada.
Diante da omissão, foi determinado o envio de cópia do inquérito policial à Secretaria da Educação (Sedu) para que as providências administrativas cabíveis possam ser tomadas. O inquérito policial, que foi concluído, também foi remetido ao Poder Judiciário.
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