Polícia Civil prende suspeito de latrocínio do artista plástico em Cariacica
Haroldo Vieira Campos foi morto em casa, em outubro de 2023; dois homens são apontados como responsáveis pelo assassinato e roubo dos bens da vítima

A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) prendeu, na última segunda-feira (1º), um homem de 39 anos investigado pela participação no latrocínio do artista plástico Haroldo Vieira Campos Júnior, de 59 anos. O crime ocorreu no dia 27 de outubro de 2023, quando o corpo da vítima foi encontrado em sua residência, no bairro Cruzeiro do Sul, em Cariacica.
O suspeito foi detido no bairro São Francisco, também em Cariacica. Outro homem, de 31 anos, já estava preso e também é investigado pela participação no crime.
Segundo a Polícia Civil, a prisão ocorreu após uma testemunha indicar a presença dos dois indivíduos na casa da vítima, na noite do crime. A perícia realizada no local levou à identificação de Rudson Cardoso Sant’Anna, de 39 anos.
Durante as investigações, a polícia também identificou o segundo suspeito por meio de outro crime cometido contra uma mulher grávida em Cariacica, em janeiro de 2024. Trata-se de Chaylom Paulino, de 31 anos, que já se encontrava preso por um homicídio em Santa Maria de Jetibá.
De acordo com a polícia, os dois suspeitos têm passagens criminais e atuam juntos como cúmplices desde 2021.

O crime
Na noite do assassinato, segundo o delegado Luiz Gustavo Ximenes, titular da Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, a dupla teria consumido drogas em Alto Laje antes de seguir para a casa de Haroldo, que também era usuário. Por ser conhecido na região, inclusive pelos criminosos, o artista permitiu a entrada dos dois em sua residência, por volta das 22h.
Dentro da casa, Haroldo foi amarrado, agredido e morto. O objetivo dos criminosos era roubar bens materiais para trocar por drogas. Eles levaram o celular, a televisão e o carro da vítima. O celular foi vendido logo em seguida.
O crime ocorreu por volta das 23h e, segundo depoimentos, os suspeitos retornaram ao trevo de Alto Laje por volta das 3h da manhã.
“Tivemos que alinhar o serviço de inteligência e trabalhar apenas com elementos informativos. Depois, a perícia seguiu com os levantamentos, o que nos levou até Rudson. A prova testemunhal consolidou o caso. Conseguimos a representação pela prisão preventiva, e eles já estão denunciados”, afirmou o delegado Luiz Gustavo Ximenes.
O perito oficial-geral da Polícia Científica, Carlos Alberto Dal-Cin, destacou a importância da preservação da cena do crime.
“Haroldo foi encontrado amarrado e com múltiplas lesões. Em casos como esse, é fundamental acionar a polícia e preservar o local, pois cada detalhe pode ser decisivo para o sucesso da investigação.”
O carro da vítima foi localizado dias depois, abandonado pelos suspeitos.
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