PC conclui que morte de jovem na Barra do Jucu foi motivada por disputa de terreno
Na ocasião, a vítima foi morta por disparos de arma de fogo pelo suspeito Roberto Vilete Vieira, de 52 anos
A Polícia Civil apresentou na tarde desta quarta-feira (10) a conclusão sobre o homicídio de Samuel Couto, de 25 anos, morto no dia 2 de novembro na Barra do Jucu, ao lado da Ponte da Madalena em Vila Velha. Na ocasião, a vítima foi morta por disparos de arma de fogo pelo suspeito Roberto Vilete Vieira, de 52 anos.
De acordo com as investigações da PC, a motivação do crime se deu por uma disputa judicial, entre a irmã de Roberto e seu ex-companheiro, referente a um terreno. Esse ex-companheiro teria colocado o Samuel para morar neste terreno, onde também o utilizava para vender bebidas. A partir de então, a vítima passou a ter desentendimentos com a família de Roberto.
No dia do crime, aconteceu mais um desentendimento entre Roberto e Samuel que discutiram. Logo após, Roberto foi até sua residência, pegou sua arma e foi ao encontro de Samuel para intimida-lo. Os dois retomam a discussão e Roberto efetua os disparos contra Samuel.
"Diante dessas circunstâncias, a gente representou pela prisão temporária do Roberto, que foi deferida pelo juiz da Quarta Vara, e a gente fez o cumprimento dessa prisão. No interrogatório, o Roberto falou onde estava a arma. A gente conseguiu apreender essa arma que foi utilizada no crime e ele alegou que tinha agido em legítima defesa, alegando que a vítima estava armada com uma faca, que utilizou e deu os disparos apenas para se proteger", disse o adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha, delegado Adriano Fernandes.
Porém, o delegado Adriano afirmou que durante as investigações essa versão contada por Roberto foi desconstruída. A perícia que foi ao local não encontrou essa suposta arma que Samuel empunhava. "O Roberto, ele alegou que deu o disparo porque viu que a vítima tinha alguma coisa na cintura. Mas tanto as fotos que se mostravam lá, a equipe de investigação, até a própria perícia, ao descrever no seu laudo de local de crime, ele não verificou essa arma", explicou.
O delegado ainda explicou que mesmo que Samuel estivesse com essa faca, Roberto agiu de forma totalmente desproporcional, por que mesmo que a vítima estivesse armada, Roberto poderia ter efetuada um disparo mas disparou três vezes matando a vítima na hora.
Roberto foi indiciado por homicídio doloso e teve sua prisão temporária convertida em preventiva.
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