X

Olá! Você atingiu o número máximo de leituras de nossas matérias especiais.

Para ganhar 90 dias de acesso gratuito para ler nosso conteúdo premium, basta preencher os campos abaixo.

Já possui conta?

Login

Esqueci minha senha

Não tem conta? Acesse e saiba como!

Atualize seus dados

ASSINE
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Pernambuco
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
ASSINE
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo
Assine A Tribuna
Espírito Santo
arrow-icon
  • gps-icon Pernambuco
  • gps-icon Espírito Santo

Polícia

Pai disse à polícia que colocou sedativo no achocolatado do filho antes de matá-lo

Causa real da morte ainda é investigada pela polícia


Ouvir

Escute essa reportagem

Imagem ilustrativa da imagem Pai disse à polícia que colocou sedativo no achocolatado do filho antes de matá-lo
Bernardo Souza Nascimento foi encontrado morto dentro de apartamento em Vila Velha |  Foto: Reprodução/TV Tribuna

Após matar o próprio filho e confessar o crime, Fernando Nelson Neves Nascimento, de 37 anos, deu detalhes de como assassinou o menino Bernardo Souza Nascimento, de 6 anos, encontrado com sinais de envenenamento em um apartamento localizado em um condomínio do bairro Jabaeté, em Vila Velha. O crime aconteceu na noite de quinta-feira (30).

Em depoimento à policia, Fernando afirmou ter colocado sedativo misturado a um achocolatado e oferecido ao filho junto com biscoitos. “Segundo ele a criança dormiu após comer e beber o achocolatado. Neste momento ele esganou o Bernardo e quando viu que a criança estava morta se evadiu em sua moto”, detalhou o delegado Adriano Fernandes, adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

Apesar da declaração, a polícia aguarda exames que comprovarão se a causa da morte foi asfixia devido ao envenenamento ou se Bernardo de fato foi esganado pelo pai. 

"Foi asfixia, isso não temos dúvida. Mas se foi asfixia mecânica, em razão da esganadura, ou se foi em razão do envenenamento... Porque no local também foi colhido alguns materiais, alguns medicamentos, que podem também ocasionar a morte por envenenamento", destacou o delegado. 

De acordo com a médica-legista Jeane Pissarra Teixeira Monteiro, da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), não foram encontrados sinais de violência no corpo da criança.

No entanto, segundo ela, isso não descarta a possibilidade de o menino ter sido sufocado. "Como a criança é muito pequena, tem um peso muito baixo, é muito magrinho, a asfixia pode acontecer sem deixar sinais físicos externos", destacou.

"Existe a hipótese de o menino estar dormindo, em que ele não poderia oferecer resistência. Seria possível também ser essa causa da morte", completou.

A especialista disse ainda que foram encontradas pequenas hemorragias no pulmão e no coração da criança. Ela explica que isso caracteriza a chamada hipóxia, que é uma condição em que as células do corpo não recebem oxigênio suficiente. "Nós ainda não temos elementos suficientes para afirmar a causa dessa hipóxia. Estamos aguardando os resultados dos exames toxicológicos".

MOTIVAÇÃO

A motivação para o crime, porém, já está clara para a polícia: o suspeito não aceitava o fim do relacionamento com a mãe da criança e queria atingir a mulher matando Bernardo.

“Ele ameaçava, ele perseguia a ex-companheira e no último boletim de ocorrência, em dezembro de 2024, ele ameaçou tanto ela quanto os filhos caso ela não retornasse o relacionamento e ela não retornou. Diante desse cenário, essa questão de posse, de não aceitar também o fim do relacionamento, ele achou uma forma de tentar atingi-la, matando Bernardo”, detalhou o delegado Adriano Fernandes, adjunto da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vila Velha.

De acordo com a polícia, a mulher havia relatado outras ameaças em boletins de ocorrência feitos em 2018 e 2022. Já em 2024 a mulher chegou a pedir uma medida protetiva contra ele, em dezembro. Os dois estavam juntos há 14 anos e têm mais dois filhos, de 13 e 10 anos.

Após o término, Fernando teria passado a perseguir a mulher e ameaçado atingi-la por meio das crianças. No dia do crime, ele pediu para passear com Bernardo, levando o filho até a praia. Na volta, porém, após a criança dizer que a mãe pretendia se mudar com os filhos, ele teria envenenado Bernardo e asfixiado a criança em seguida.

À polícia, Fernando confessou o crime e disse que após o fato foi até a praia de Itaparica e publicou vídeos íntimos da mulher nas redes sociais, alguns deles mostrando ela trocando de roupa. Fernando ainda afirmou que fazia tratamento para depressão após o fim do casamento.

Ele foi preso após ligar para a mãe dele de um celular emprestado. A polícia estava na casa da mulher no momento da ligação, colhendo informações, e conseguiu conversar com o dono do celular, retornando a ligação. O homem que emprestou o celular ofereceu informações que ajudaram a localizar Fernando, detido entre os bairros Maria Ortiz e Jabour, em Vitória. Ele foi autuado em flagrante. 

RELEMBRE O CASO 

Bernardo Souza Nascimento, de 6 anos, foi encontrado morto em um apartamento de um condomínio localizado no bairro Jabaeté, na Grande Terra Vermelha, em Vila Velha, na noite de quinta-feira (30). 

Uma das suspeitas da polícia é de que Bernardo tenha sido vítima de envenenamento. O corpo do menino foi encontrado com os pés e mãos cruzados e com espumas nos lábios. Além disso, ele teria se urinado e vomitado.

No vômito, os peritos encontraram achocolatado. Por isso, a principal suspeita é de que o veneno tenha sido colocado nesse achocolatado, que, em seguida, teria sido oferecido à criança. No entanto, somente após a realização de exames poderá ser confirmada a causa da morte.

Após o crime, o suspeito saiu do condomínio, em uma moto, por volta das 18h40 de quinta-feira. Ele ainda teria ligado para sua mãe e confessado ter matado o próprio filho.

A mulher e o marido, de 78 anos, padrasto do suspeito, foram até o apartamento e encontraram a vítima já sem vida. Em seguida, acionaram a Polícia Militar.

De acordo com a médica-legista Jeane Pissarra Teixeira Monteiro, da Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES), não foram encontrados sinais de violência no corpo da criança.

No entanto, segundo ela, isso não descarta a possibilidade de o menino ter sido sufocado. "Como a criança é muito pequena, tem um peso muito baixo, é muito magrinho, a asfixia pode acontecer sem deixar sinais físicos externos", destacou.

"Existe a hipótese de o menino estar dormindo, em que ele não poderia oferecer resistência. Seria possível também ser essa causa da morte", completou.

MATÉRIAS RELACIONADAS:

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Leia os termos de uso

SUGERIMOS PARA VOCÊ: