MPES obtém prisão preventiva de falso médico acusado de homicídio
Crimes aconteceram em janeiro de 2021
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Foi preso o homem acusado de exercício ilegal da medicina e falsidade ideológica. O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da 2ª Promotora de Justiça Criminal de São Mateus, obteve a prisão de Leonardo Luz Moreira que é réu numa ação onde responde por falsificação de prontuário médico e pelo homicídio de uma criança de 10 anos de idade, enquanto atuava ilegalmente na condição de médico no Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares. Os crimes aconteceram em janeiro de 2021.
O acusado foi preso no Paraná, onde alegava morar, pela Polícia Militar do Estado, após o Ministério Público conseguir informações de que o homem estava cursando medicina em uma universidade do Paraguai. Por estar comparecendo as aulas de forma presencial, ele descumpriu a ordem de não sair do país sem permissão, apresentando assim risco à aplicação da lei penal e à ordem pública. Após a comprovação dos fatos, o MPES requereu à 1ª Vara Criminal de São Mateus a prisão preventiva do réu, que foi deferida.
Relembre o caso
O falso médico preso ema agosto de 2021, em São Mateus, era o líder da organização criminosa que facilitava diplomas de curso superior por meio de fraudes documentais.
“Ele era o cabeça de uma quadrilha que agia fornecendo esse tipo de documentação. Usou, primeiro, esse modo para ele. Como viu que deu certo, começou a oferecer isso para outras pessoas”, explicou o superintendente à época da Polícia Federal no Espírito Santo, Eugênio Ricas.
Composta por seis falsos profissionais, segundo a Polícia Federal da Bahia, a organização criminosa visava à prática ilegal de medicina, por meio da falsificação de documentos de universidades estrangeiras para a transferência de alunos em faculdades brasileiras.
“Essas pessoas se associavam a esse grupo para estudar Medicina em um curto período de tempo, fora do País. Em um período de seis meses, falsificavam os documentos, como se eles tivessem estudado todos os períodos adequados, conseguiam a transferência para uma faculdade no Brasil e se formavam médicos em um período muito mais curto”, afirmou Eugênio Ricas.
Além do falso médico, outro falso profissional também foi detido. Ele, que não teve a identidade revelada, é irmão do acusado que foi preso em São Mateus. Segundo a polícia, estava atuando em Jitaúna, na Bahia.
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