Ministério Público denuncia marido por assassinato de mulher a facadas em Montanha
Crime aconteceu na frente do padrasto da vítima, que tentou protegê-la
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O Ministério Público do Espírito Santo denunciou Sérgio Ricardo Carvalhães dos Santos Marques, de 41 anos, pelo assassinato da esposa, Gislane Pereira Barros, de 29, ocorrido no dia 9 deste mês na cidade de Montanha, no Norte do Estado.
Ele, que já está preso preventivamente desde o dia do crime, foi denunciado pelo crime de feminicídio — com agravantes de aumento da pena por ser contra mãe de crianças, crime praticado na presença do padrasto da vítima e o filho menor dela, por meio cruel e mediante surpresa.
Relembre o caso
Gislane Pereira Barros foi morta a facadas na noite de 9 de novembro no bairro Angela Depollo, em Montanha. Segundo a denúncia do Ministério Público, na data do crime, o casal teve um desentendimento após irem para uma festa — onde o acusado, Sérgio Ricardo, ficou enciumado por outro homem convidar a esposa para dançar.
Na casa do casal, o homem pegou uma faca e disse que iria até o outro homem para matá-lo, mas devido a uma chuva forte, desistiu da ameaça. No local, onde estavam também o padrasto da vítima e o filho dela, de 3 anos de idade, o homem voltou a discutir com a mulher e a agrediu com um soco no rosto.
Em depoimento para a polícia, o padrasto da mulher relatou que tentou impedir a entrada do homem na cozinha da casa fechando a porta, mas, como ela não tinha tranca, o suspeito conseguiu forçá-la e atingiu a vítima com golpes de faca, inclusive na garganta.
Ainda segundo a denúncia, a vítima, já ferida, chegou a dizer para o agressor que estaria fraca, mas mesmo assim foi novamente esfaqueada por ele.
Gislane, que estava tentando se separar, vinha sendo ameaçada de morte pelo companheiro, segundo o relato do padrasto. Após o ataque, equipes do Samu foram acionadas e constataram o óbito da mulher ainda no local, enquanto o suspeito fugiu.
O denunciado foi localizado pela Força Tática no distrito de Vinhático, em Montanha. Durante a abordagem, ele confessou o crime e indicou à polícia o local onde descartou a faca usada no homicídio. Questionado, o homem chegou a dizer para os agentes policiais que “ela morta é mais fácil de se conformar com o fim do relacionamento” e que “a culpa da morte é dela”, se referindo a esposa morta.
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