Marido que matou mulher na frente das filhas no ES é condenado a 37 anos de prisão
Crime aconteceu em maio de 2019, na casa da família; relembre o caso

O homem acusado de matar a companheira a facadas na frente das filhas do casal em Porto de Santana, Cariacica, foi condenado a mais de 37 anos de prisão após ser julgado nessa quarta-feira (24). O crime aconteceu em dezembro de 2019, durante a madrugada, na casa onde a família vivia.
Eduardo Cruz da Silva foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado (motivo fútil, feminicídio em contexto de violência doméstica, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e na presença das filhas do casal), lesão corporal no âmbito da violência doméstica contra a filha, na época com 8 anos, e lesão corporal simples de um morador que tentou ajudar a vítima, identificado como Vanderson Coutinho do Rosário .
Segundo o Ministério Público, a família da vítima esteve presente e acompanhou o julgamento. Cristina Melo Rosário tinha 34 anos, era estudante de enfermagem e havia decidido encerrar o relacionamento de 15 anos que possuía com Eduardo.
Relembre o caso
Cristina Melo Rosário foi morta pelo companheiro, Eduardo Cruz da Silva, em 1º de dezembro de 2019. O crime aconteceu dentro da casa da família, na frente das filhas do casal, de 8 e 11 anos. Na ocasião, testemunhas relataram à polícia que a vítima estava dormindo no quarto do casal, quando foi acordada por Eduardo, que a agrediu com chutes e socos, afirmando que ela o havia traído.
Após a agressão, Eduardo teria pegado uma faca na cozinha da casa e desferido diversos golpes na vítima, que ainda foi arrastada até o banheiro da residência. As crianças, que acordaram com os gritos de Cristina, se desperaram e pediram socorro aos vizinhos. Uma delas, de 11 anos, foi ferida na testa ao tentar salvar a mãe.
“Ela contou que chegou a entrar na frente do pai, quando ele tentou dar a primeira facada. Foi aí que o pai dela deu uma cadeirada e a feriu na testa, provocando um pequeno corte”, relatou o autônomo Vanderson Rosário, que passava pela rua onde fica a casa da família e ajudou no socorro das crianças.
Após o crime, Eduardo tentou fugir, mas acabou contido por populares. Ele foi preso, autuado por feminicídio e levado ao presídio. Segundo familiares e vizinhos, o homem, que era servidor da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), não aceitava o fim do relacionamento com a vítima.
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