Julgamento do ex-pastor acusado de matar filho e enteado é remarcado
A decisão que adia em quase um mês o julgamento ocorreu após um pedido do novo advogado de Georgeval
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O julgamento do ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, acusado de estuprar, espancar e queimar o filho e o enteado em abril de 2018, que deveria acontecer no dia 12 de março, foi remarcado para o dia 3 de abril. A decisão é do juiz Tiago Fávaro Camata, da 1ª Vara Criminal de Linhares.
A decisão aconteceu após um pedido do novo advogado de Georgeval ter sido acadado pelo juiz Tiago Fávaro Camata. Ainda de acordo com a decisão, também foi revogada a nomeação do advogado dativo que iria atuar no júri.
Por meio de nota, os advogados de acusação, Síderson Vitorino e Lharyssa Almeida, afirmam que o adiamento do julgamento não interfere na qualidade técnica do trabalho. Leia a nota abaixo.
“Em que pese o adiamento da sessão em quase um mês, o referido lapso, não interfere na qualidade técnica do trabalho que vimos engendrando para nossa atuação no Tribunal do Júri.
Ocorre que, tanto as provas técnicas do processo, quanto a prova testemunhal a ser apresentada no plenário, são suficientes para que o Colendo Conselho de Sentença, se convença de que Georgeval é culpado pelos atos repugnantes que cometeu.”
ENTENDA O CASO
O cime que chocou o Estado aconteceu no dia 21 de abril de 2018, em Linhares, no Norte capixaba. Joaquim Alves , na época com 3 anos, filho do ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, e o enteado, Kauan Sales Butkovsky, de 6, foram estuprados, espancados e queimados vivos.
As crianças foram mortas dentro da casa onde moravam com o ex-pastor e com a mãe, a também ex-pastora, Juliana Sales. Segundo a Polícia Civil, elas foram estupradas, espancadas e queimadas ainda com vida. As investigações, que contaram com inúmeras perícias, feitas na casa e também nos restos mortais das crianças, apontaram que Geogerval cometeu todos os delitos.
Na época, a também ex-pastora, Juliana Sales, mãe das crianças, chegou a ser presa, acusada de negligência. Mas acabou solta, meses depois, por falta de provas que indiquem a participação ou conivência nos crimes.
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