Jovem é preso suspeito de tentar matar os pais com facão em Vila Velha

Foi preso nesta quarta-feira (08), Marcos Vinicius Campos Junior, de 26 anos, suspeito de tentar matar os próprios pais, um casal de idosos, com um facão. O caso aconteceu no bairro Argolas, em Vila Velha, no dia 07 de março deste ano.

Na ocasião, o pai do suspeito, de 64 anos, relatou que o filho teve um surto e o agrediu, além da própria mãe, com o facão. Após, o suspeito fugiu do local e estava foragido desde então. Ele foi indiciado e preso preventivamente nesta quarta pela Superintendência Interestadual e de Captura (Supic), no bairro Tucum, em Cariacica.

Segundo o delegado Darcy de Arruda, após sobreviverem ao ataque, os pais estavam vivendo com medo, trancados em casa. "Estavam vivendo em pânico, porque ele é um psicopata e eles [os pais] sobreviveram a um ataque feroz, que poderia acontecer novamente", afirmou.

O suspeito foi localizado no Hospital Estadual de Atenção Clínica Dr. Adauto Botelho "Ele foi internado porque ele tem uma psicopatia", explicou Darcy de Arruda. Os pais já haviam inclusive solicitado medidas protetivas contra ele, na delegacia do idoso.

O delegado Douglas Vieira, titular da Delegacia Especializada de Crimes Contra o Sistema Carcerário, explicou que além de ter problemas psiquiátricos, o jovem é usuário de drogas. "Os pais implantavam algumas regras mais rígidas, não davam dinheiro para ele comprar drogas, isso foi revoltando até que chegou o momento que ele teve esse surto de fúria e tentou matar os pais por isso", relatou.

Douglas explicou ainda que será verificada a sanidade mental do suspeito, através de exames psiquiátricos, e com isso será analisado em que grau isso afeta seu discernimento, podendo ele ser solto após o resultado.

"Uma banca examinadora de psiquiatras forenses vai dizer se ele é inimputável, semi- imputável ou imputável. Se for inimputável ele não fica preso, não irá a julgamento, ele vai para medida de segurança. Já o semi-imputável tem diminuição de penas e o imputável responde às penas", explicou Darcy de Arruda.