Gangue ameaça matar bebê em arrastão na Praia da Costa
Seis homens ameaçaram pai e filho e roubaram celular. Em outra ação, bandidos deram “voadora” em adolescente
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A insegurança na Praia da Costa tem gerado revolta entre moradores, principalmente após um arrastão em que criminosos ameaçaram matar um bebê de um ano caso ele não parasse de chorar. Durante o crime, um adolescente ficou ferido.
Tudo aconteceu enquanto o pai retornava para casa com o filho após um passeio à beira-mar. Seis homens se aproximaram mirando a vítima, que estava na calçada empurrando o bebê em um carrinho. Agressivos e sem temer as câmeras de segurança, eles puxaram o cabelo do pai e levaram seu celular, na noite de segunda-feira (24).
A sensação de insegurança é comum na região. Segundo a Secretaria de Segurança, o número de crimes aumentou. De janeiro a maio do ano passado, foram registrados 73 furtos e roubos, enquanto no mesmo período deste ano ocorreram 103, apenas no bairro.
O arrastão veio à tona depois que imagens das câmeras de segurança circularam em grupos nas redes sociais e outras duas pessoas relataram ter sido vítimas dos mesmos criminosos minutos depois.
Na rua lateral ao local onde os criminosos ameaçaram o bebê, três adolescentes estavam saindo de casa para ir a uma partida de futebol quando foram abordados. O incidente deixou um menor ferido e resultou no roubo de um celular, uma bicicleta e uma mobilete elétrica.
A mãe de um dos adolescentes descreveu o assalto que seu filho sofreu: “Foram as mesmas pessoas do caso do bebê. Meu filho chegou a cair porque levou uma 'voadora' e machucou o antebraço e a coxa. Para uma mãe, é uma sensação de impunidade. Por isso, mudamos todas as rotas e hábitos para sair de casa”, disse a mulher, que é advogada.
Após o roubo, a mãe ainda relatou que os criminosos estão mandando mensagens e pedindo recompensas para devolver os itens roubados. Segundo outros moradores, o filho de outra advogada também foi roubado minutos depois nas proximidades.
A Polícia Civil disse que reconhece o ocorrido como um arrastão e está investigando o caso. Já a Polícia Militar informou que fez patrulhamento no bairro.
Mãe do bebê: “Fiquei de mãos atadas”
A Tribuna - Como tudo aconteceu?
Mãe do bebê: "Eram por volta das 7 horas da noite. Meu marido e meu filho saíram para passear na orla, algo que fazemos diariamente. Ele estava sem camisa, pois estava quase chegando ao portão de casa quando foi abordado por um grupo de rapazes, conforme o vídeo."
- Como foi o momento da abordagem?
"Primeiro, pediram o telefone. Meu marido disse que não iria entregar, mas imediatamente puxaram o cabelo dele, e outro rapaz tirou o telefone de sua mão. Meu filho se assustou e começou a chorar. Os rapazes disseram que matariam os dois se ele não parasse de chorar ou se tentasse alguma coisa."
- O celular na mão?
"Sim, ele estava mexendo no WhatsApp quando foi abordado. Eu estava acompanhando tudo da varanda de casa. Fiquei em silêncio, pois não sabia como a situação estava sendo abordada. Estava de mãos atadas."
- Como foi para você depois que entraram na garagem?
"Começamos a gritar, e os vizinhos que viram a situação também nos ajudaram. Agora meu marido está com medo, pois essa é uma situação que vemos acontecer lá diariamente."
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