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Polícia

"Foi criada com amor e tinha tudo que queria", diz tio de menina que matou a mãe

Após o crime, família relatou não ter interesse em ficar com a criança


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Imagem ilustrativa da imagem "Foi criada com amor e tinha tudo que queria", diz tio de menina que matou a mãe
Irmão da vítima disse que a criança tinha um comportamento “difícil e explosivo”. Ele disse que a família não tem interesse em ficar com a criança |  Foto: Fabio Nunes/ AT

Familiares da menina de 11 anos, que admitiu ter matado a própria mãe, disseram que a criança foi criada com amor, sem que nunca tivesse faltado nada. 

Um  irmão da vítima, de 32 anos, revelou que a família está muito abalada com tudo o que aconteceu e quer ir embora do local em que moram. 

Ele contou que a criança tinha um temperamento difícil e explosivo,  ficava muito no celular e não aceitava que suas vontades não fossem feitas.  

“Ela era mimada, desrespeitava os avós, levantava a voz quando não faziam o que ela queria. Também discutia muito  com a mãe por coisas simples, como por pentear o cabelo, um creme que não passou. Eu não aceitava isso, mas meus pais  entendiam que era o jeito dela como criança, passavam a mão na cabeça”.  

Mesmo assim, segundo o tio, a menina  tinha tudo do bom e do melhor. “Minha mãe dava tudo pra ela, roupa, cuidava, dava comida. Meu pai era  pai  para ela. Minha irmã também amava muito a filha. Fazia de tudo para ela. Pegava a bicicleta para ir trabalhar todos os dias para que não faltasse nada”, contou. 

Para  ele, foi o namorado quem  teria manipulado a sobrinha para que agisse dessa forma. “Eles estudavam  na mesma escola e acredito que tinha uma cabeça fraca”. 

Para a família materna, não há interesse em ficar com a criança.  

“Se ela não teve qualquer empatia pela própria mãe, quem dirá por nós. Ficamos sabendo que ela queria também matar meus pais. Acho que a família toda. Agora queremos ir embora daqui”.

Leia também: Menina que planejou a morte da mãe: O que pode ter motivado o crime?

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Relatos de susto e tristeza

> “Saí desesperado”

“Meu filho está arrasado porque perdeu a minha nora. Ele está todo destruído por dentro e por fora. Tentaram matar o meu filho. Na hora, ele me ligou, desesperado, dizendo: 'pai me socorre, me socorre, porque mataram a minha mulher'. Eu saí desesperado. Foi muito triste.” Pai do padrastro da menina de 11 anos

> Em choque

“Escutamos gritos de socorro e corremos até o portão para ver o que estava acontecendo, aí nos deparamos com o marido da mulher que faleceu, todo ensanguentado, mais a filha e o namorado dela. Os três cheios de sangue, discutindo. Estou em choque.  É inaceitável. Tirar a vida da própria mãe assim? Olha, é uma coisa absurda.” Empresário, de 38 anos

> Pesadelo

“Eu deitei um pouquinho para descansar e escutei muitos gritos. Achei que estivesse até sonhando, um pesadelo. A menina (de 11 anos) gritava o tempo todo: 'matou minha mãe, matou, matou minha mãe'. Aí o pessoal ainda pedia: 'vai lá ver como é que está sua mãe'. A gente se sente impotente.” Vizinha, de 49 anos

Família não quer ficar com a criança

Acompanhando o caso de perto, o Conselho Tutelar de Vila Velha aplicou a medida protetiva de acolhimento institucional e encaminhou a menina para um abrigo na manhã desta sexta (28) 

 Almir Nascimento Vasconcelos, conselheiro de Vila Velha, contou que de imediato  familiares não quiseram ficar com a menina. “O pai biológico fez contato com a gente  por telefone. Ele relatou  que não ficaria com a filha, pois não havia convívio entre eles. Ele disse que se separou da mãe da menina quando ela  ainda era bebê e que estava sem contato há mais de sete anos”.

Sobre o abrigo para onde ela  foi levada, cujo local não será revelado para preservá-la, a garota   será acompanhada por uma equipe multidisciplinar.

 Ele contou que um relatório comunicando o acolhimento será enviado ao Ministério Público Estadual e Juizado da Infância e Juventude. Segundo ele, o caso será  também será acompanhado  pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).

  Almir contou que a menina não foi ouvida  no Conselho  porque ela precisa de uma escuta especializada. “Ela só verbalizou um pouco, mas não entrou em detalhes sobre a questão em si. Ela demonstra não ter noção do que fez. Só mencionava muito o namorado, estava preocupada com ele”. 

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