Como agia mulher que extorquia homens casados após falsos encontros no ES
Após conseguir dados importantes sobre a vida das vítimas, atraídas por meio de aplicativos de encontros, Camila Francis da Silva iniciava as ameaças
Viagens, artigos de luxo e procedimentos estéticos, nas redes sociais, essa era a vida ostentada por Camila Francis da Silva, de 31 anos, presa, nesta sexta-feira (12), suspeita de liderar quadrilha que extorquia homens após marcar encontros.
Segunda a Polícia Civil, que deflagrou a ação denominada como "Operação Luxúria", a suspeita criava perfis falsos em um aplicativo, com fotos que não eram suas, para marcar encontros com pessoas comprometidas, muitas delas empresários. Após conseguir dados importantes sobre a vida das vítimas, ela iniciava as ameaças.
Nas extorções, Camila da Silva ameaçava expor conversas com as vítimas, dizendo que "acabaria com a vida delas". Além disso, em alguns casos, ela chegou a mandar vídeos de pessoas sendo executadas para as vítimas.
O titular da Delegacia de Polícia de Vila Valério, delegado Erick Lopes Esteves, afirmou que, em 2018, a suspeita já havia sido presa por praticar crime de extorsão utilizando o mesmo método, em Colatina. Somente no Estado, as investigações apontaram entre 15 e 20 vítimas das extorsões.
"Ela somente sofisticou o golpe, na verdade, que ela já utilizava. Ela através de perfis falsos na internet, em um site famoso aqui no Espírito Santo, e colocava fotos que não era dela, consequentemente, atraía pessoas, empresários, pessoa que vêm de outro Estado, param aqui no Espírito Santo e aí quer conhecer uma garota de programa", expôs Esteves.
Em seu modus operandi, a suspeita já não se encontrava mais com as vítimas e também não se prostituía. Apenas com conversas com as vítimas ela extraía materias para utilizar como ameaça.
Outros envolvidos
Integravam a quadrilha, juntamente com Camila Francis da Silva, o marido dela, Washington Henrique dos Passos, 37 anos, e Wilza de Lima Alves, 40 anos, que era responsável por receber os valores frutos das extorções em sua conta e repassar para a suspeita.
Para ocultar a movimentação ilícita, a quadrilha realizava diversos contratos de empréstimos. Ao todo, mais de R$ 600 mil foram movimentados em menos de seis meses, conforme apontaram as investigações.
Os acusados foram presos preventivamente. As investigações buscam se há outros envolvidos no caso.
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