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Caso Kauã e Joaquim

"Georgeval é o ministro da mentira", afirma advogado de acusação

Siderson Vitorino afirmou que os advogados de acusação vão pedir a condenação de Georgeval a 136 anos de prisão pela morte dos irmãos Kauã e Joaquim


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Imagem ilustrativa da imagem "Georgeval é o ministro da mentira", afirma advogado de acusação
Siderson Vitorino faz parte da banca de acusação |  Foto: Eliane Proscholdt

Na chegada ao Fórum de Linhares, na manhã desta terça-feira (18), para o julgamento de Georgeval Alves Gonçalves, o advogado Siderson Vitorino chamou o ex-pastor de ministro da mentira e garantiu que vai pedir a condenação a 136 anos de prisão do acusado de matar os irmãos Joaquim Salles Alves, de 3 anos, e Kauã Salles Butkovsky, de 6 anos.

O julgamento de Georgeval estava marcado para o dia 3 de abril, porém foi remarcado para esta terça-feira, depois que os advogados de defesa do ex-pastor abandonaram o júri, alegando insegurança

Leia mais notícias do caso Kauã e Joaquim aqui

Na manhã desta terça, o réu chegou ao fórum em um carro da Divisão de Escolta e Recaptura Policial (Derp), da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), sendo escoltado por policiais penais. O veículo estacionou dentro da garagem do fórum para o desembarque e condução do ex-pastor para a sala de espera, onde aguarda o início do julgamento. 

Logo em seguida, os demais integrantes do júri começaram a chegar ao fórum. Antes de seguir para a sala de julgamento, o advogado de acusação conversou com a imprensa na porta do fórum. 

Siderson relembrou a declaração de Georgeval em laudo apresentado pela defesa no processo, onde ele diz que mentiu em alguns pontos da investigação.

"Ele falou que se arrepende de ter mentido. Mentiu ao ter afirmado que entrou no quarto para tentar salvar as crianças. Mentiu ao ter dito que bateu a mão na cama para tentar encontrar as crianças. Mentiu quando foi buscar atendimento médico, dizendo que tinha inalado fumaça e queimado os pés. Mentiu ao aparecer com os pés enfaixados, simulando que havia queimado as solas dos pés. Mentiu frente a sua igreja, dizendo que estava com os pés queimados e estava mancando, simulando que estava com uma ferida por baixo dos pés. Mentiu em sede de inquérito policial, mentiu dentro do processo e, agora, cinco anos depois ele próprio se desmente e diz que mentiu e que teve medo de ser considerado uma pessoa covarde, por isso mentiu. A regra que se impõe é a seguinte, ele mentiu porque ele é o protagonista da mentira, é o verdadeiro ministro da mentira e sacerdote da dissimulação", afirmou Siderson. 

O advogado informa que a acusação vai pedir a condenação do ex-pastor com aplicação da pena máxima. "Estamos preparados, dentro do contexto que nos impõe o caderno processual, pedir a condenação de Georgeval a 136 anos de prisão".

A expectativa é de que o julgamento leve até três dias para ser finalizado. Ao todo, serão ouvidas 20 pessoas, sendo cinco delas peritos que irão prestar esclarecimentos. Pelo menos 11 pessoas foram arroladas pelo Ministério Público  do Espírito Santo, sendo um delegado,  dois  bombeiros, cinco peritos e três testemunhas. Outras quatro pessoas foram arroladas pelos advogados de acusação e cinco  pela defesa do ex-pastor.

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