Adolescentes de Sooretama foram executados por traficantes
Vítimas foram mortas a tiros por irem até bairro envolvido na guerra do tráfico da região
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Os três adolescentes mortos em Sooretama foram executados a tiros por traficantes envolvidos em uma intensa guerra de tráfico na região. Os corpos de Wellington Gomes, de 14 anos, Kauã Loureiro Corrêa e Carlos Henrique do Nascimento, ambos de 15 anos, foram encontrados na tarde desta sexta-feira (1) em uma plantação de eucalipto próxima ao local do desaparecimento.
Em coletiva de imprensa no início da noite desta sexta-feira, o Secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Coronel Alexandre Ramalho, detalhou a dinâmica do crime — que afirmou ter "requintes de crueldade".
A motivação, segundo o Coronel, foi a rivalidade entre os traficantes dos bairros de Areal e Baixada, onde as vítimas moravam. Devido a guerra do tráfico na região, moradores são proibidos de frequentarem o bairro 'rival'.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, os adolescentes foram raptados no dia 18 de agosto após irem até o bairro Areal, em Sooretama. Eles teriam ido ao local acompanhados por um irmão mais velho, por curiosidade, após serem informados de um possível ataque a tiros.
Durante a volta, o irmão mais velho teria deixado eles sozinhos. Neste momento, os adolescentes foram raptados por traficantes. Ainda segundo o secretário, os adolescentes sofreram tortura antes de serem executados e enterrados em uma cova no campo de eucaliptos.
Três suspeitos presos
Até o momento, três suspeitos foram presos, sendo um deles um menor de idade. O primeiro foi um homem de 43 anos, que atuava como motorista de aplicativo. De acordo com as investigações, ele teria levado os corpos dos adolescentes até o local onde foram enterrados. No carro do suspeito foram encontrados vestígios de sangue humano, que ainda passam por uma análise de DNA.
O menor foi apreendido em Jardim Carapina, na Serra, também suspeito de envolvimento na execução.
A última apreensão aconteceu nesta sexta-feira: Marcos Vinícius Coutinho de Carvalho, conhecido como Caíque, é apontado como mandante do crime. O suspeito, de 20 anos, tentou resistir à prisão e efetuou disparos em direção à viatura da Polícia Militar, que ficou com os vidros quebrados. Ele ainda atingiu o braço de uma criança de 11 anos, que passa bem.
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