Abatedouro clandestino é encontrado em plantação de eucalipto no ES
Cavalos eram abatidos no local e carne era vendida como se fosse de boi
A Polícia Civil localizou um abatedouro clandestino de cavalos, em Aracruz, Norte do Estado. A carne dos animais era vendida em açougues, restaurantes e churrasquinhos na Serra e em Vila Velha. A ação faz parte de uma operação do Programa Estado Presente, realizada no Norte do Estado.
“A equipe do doutor Leandro Sperandio, que é titular da DDP de Fundão, se deparou com uma investigação que já estava em andamento, com uma situação de uma irregularidade grave, que era o abate de animais, cavalos, em determinada área sem nenhum tipo de espaço respeitável da norma sanitária e esses animais eram abatidos de formas cruéis. Utilizava-se a carne, para que pudesse fazer algo semelhante à carne de boi e fosse distribuído para diversos lugares”, afirmou o superintendente Regional Norte, delegado Fabrício Dutra.
O abatedouro, localizado na região de Cupido, ficava numa plantação de eucalipto, um local totalmente ermo, escondido. No local, policiais se depararam com um cavalo que estava morto, iniciando o estado de putrefação.
“E nós encontramos diversas ossadas. Podemos dizer que o laudo, a perícia nos acompanhou, então é importante também citar que a perícia esteve no local, os laudos estão sendo confeccionados. Mas a gente pode, nesse primeiro momento, falar em pelo menos, 15 animais abatidos naquele local”, afirmou o titular da Delegacia de Polícia de Fundão, Leandro Sperandio.
Na terça-feira, dois suspeitos foram presos transportando carne de cavalo. Inicialmente, eles disseram que a carne era bovina, mas a perícia identificou se tratar de equinos, por características como o tamanho do coração, o tamanho do pulmão, as cabeças de cavalo que foram encontrdas no local. Após serem confrontados pela polícia, eles confessaram se tratar de carne de cavalo, segundo o delegado.
“O que a gente sentiu nesse primeiro momento já é que alguns criadores perceberam alguns furtos de animais e a gente já pode afirmar que há outras pessoas da região envolvidas, que estão comercializando esses animais.”, afirma Leandro Sperandio.
Segundo o delegado, alguns animais também eram comprados. Os dois suspeitos presos iam ao local, faziam o abate ilegal, desossavam, e depois faziam o transporte para depois revender. “Seriam os intermediários dessa cadeia criminosa. Ainda temos, já identificadas, algumas pessoas responsáveis pela venda, que são pessoas ali da região de Aracruz.”, disse o delegado.
Os animais eram abatidos em maus-tratos, seja por disparo de arma de fogo ou por machadada na cabeça e facada no coração, totalmente fora do padrão de vigilância sanitária. “Uma crueldade total, então foram atuados por maus-tratos, como essa carne se destinava ao comércio, também foram atuados por um crime contra o consumidor e por crime contra a saúde pública.
MATÉRIAS RELACIONADAS:
Comentários