Terra, força e elas
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Confesso: há momentos em que a gente entra num evento e, antes mesmo de ouvir a primeira fala, já sente que algo importante está acontecendo ali. Foi assim no Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio.
Não era só um encontro — era um movimento. Uma força que vinha das botas cheias de terra, das agendas lotadas, dos olhares firmes e dos sonhos plantados com a paciência de quem sabe que o campo não tem atalhos.
Caminhamos entre produtoras, pesquisadoras, cooperadas, sucessoras, CEOs, estudantes. Gente que acorda antes do sol e que, mesmo assim, brilha quando fala do que faz.
E nós também brilhamos junto — porque cada história ali parecia tocar em algum lugar dentro da gente. Era como se cada relato dissesse: estamos avançando. Estamos ocupando nosso espaço. Estamos mudando o futuro do agro brasileiro, uma safra de coragem por vez.
Não era só sobre tecnologia, gestão, liderança, sustentabilidade. Era sobre pertencimento. Sobre entender que o campo não é masculino nem feminino — o campo é de quem cuida, de quem insiste, de quem acredita. E, convenhamos, ninguém cuida, insiste e acredita como essas mulheres.
Num dos corredores, parei para respirar — e me peguei observando um detalhe simples: mãos. Mãos segurando cadernos, máquinas fotográficas, xícaras de café, tablets. Mãos que plantam, escrevem, decidem, assinam contratos. Mãos que carregam o futuro do País.
Ali eu entendi: o agro brasileiro tem identidade, mas está ganhando rosto. E esse rosto tem batom, cabelo preso, riso largo e uma teimosia bonita de quem sabe onde quer chegar.
Saí de lá com uma certeza que nos acompanha agora: quando as mulheres se reúnem, o agro não só cresce — ele floresce. E nós estamos bem no meio dessa transformação. Testemunhando. Contando. Caminhando junto.
Domingo (2), às 10 horas, na TV Tribuna / Band, o Negócio Rural te leva para dentro dessa experiência. Vem com a gente sentir essa energia, ouvir essas vozes e celebrar quem está mudando o campo brasileiro. Te espero.
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