Da roça capixaba ao prato das escolas paulistas
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Tem viagem que começa bem antes do embarque. A minha, desta vez, caro leitor, começou no cheiro da terra molhada, no verde intenso das montanhas capixabas e no som das mãos que trabalham o dia inteiro para colocar comida na mesa de todos nós.
Falar de agricultura familiar no Espírito Santo é falar de tradição, mas também de futuro. É o feijão que germina no quintal e a mexerica ponkan que pinta de laranja as nossas paisagens.
Produtos simples, de sabor marcante, que carregam uma história de resistência e união. E aqui entra um ingrediente essencial: o cooperativismo. Sem ele, boa parte dessa produção ficaria pelo caminho.
As cooperativas do agro organizam, dão suporte, negociam preço justo e abrem mercado. É ali que a força de cada produtor se multiplica e a colheita ganha novos destinos.
Foi assim que os grãos de feijão e as caixas de mexerica deixaram de ser apenas o sustento de uma comunidade para se transformarem em alimentos que estão conquistando o Brasil.
Na minha viagem, pude acompanhar esse trajeto de perto. Vi o feijão sair das propriedades rurais, passar pelo galpão da cooperativa e ganhar o cuidado da seleção, do ensacamento e do transporte.
O mesmo acontece com as mexericas: colhidas com carinho, elas são separadas, embaladas e seguem viagem. É uma logística que impressiona, mas que tem algo de poético: o que nasce pequeno, no quintal de uma família, acaba atravessando fronteiras.
O destino? As escolas públicas de São Paulo. E foi emocionante ver o alimento capixaba chegar até o refeitório da Escola Estadual Buenos Aires, no bairro Santana, zona norte da capital.
Em vez de “merenda”, como muita gente ainda chama, ali se fala de alimentação escolar completa, variada, nutritiva.
Quando o feijão do Espírito Santo aparece no prato dos estudantes paulistas, ele carrega junto a história de quem plantou, o cuidado de quem embalou e a confiança de quem acreditou no cooperativismo.
Do campo capixaba ao coração de São Paulo, a ponte aérea que une esses dois mundos é feita de alimento, mas também de esperança. E é sobre isso que eu preparei uma reportagem especial: o elo entre agricultores familiares do Espírito Santo e a alimentação de milhares de estudantes paulistas.
Essa história completa eu conto no programa Negócio Rural deste domingo (21), na TV Tribuna/Band.
São história que alimentam a alma e geram renda ao homem do campo. Não perca!
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