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Polícia

"Não existe mãe com 10 anos", diz organizadora de abaixo-assinado sobre aborto


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A Sangra Coletiva é a organizadora do abaixo-assinado criado para defender a menina de 10 anos, moradora de São Mateus, que engravidou após ser vítima de violência sexual. A integrante da Coletiva, Amanda Schon, conversou sobre o caso com a reportagem do Tribuna Online, nesta sexta-feira (14), e enfatizou o posicionamento do grupo de que "não existe mãe com 10 anos de idade. Não existe mãe de estupro". 

Após sofrer abusos sexuais por parte do tio, a criança, de apenas 10 anos, engravidou do próprio agressor, em São Mateus, no Norte do Estado. A gestação foi confirmada através de um exame, feito no último sábado (8), no Hospital Roberto Silvares. Os estupros já vinham acontecendo desde que ela tinha 6 anos. 

Na segunda-feira (8), um profissional do Conselho Tutelar, que não quis se identificar, contou ao Jornal A Tribuna que uma tia da menina a levou no hospital pois achava que a criança estava grávida. Os profissionais da saúde perceberam que a barriga da vítima apresentava volume e realizaram um exame de sangue que comprovou a gravidez e indicou que já estava no terceiro mês da gestação.

De acordo com Amanda Schon, esse é um dos principais motivos para a criação do movimento, que já é nacional.

"Nossa pressão é para evitar que essa demora se arraste de modo a fabricar uma condição médica que impeça essa menina de interromper essa tragédia em sua vida. Não houve negação do aborto, mas há uma demora e uma burocratização em atender essa menina com a interrupção da gestação, que já caminha para o 2° trimestre e a mantém correndo sérios riscos".

Segundo Amanda, o coletivo entende que essa demora vai causar a inviabilização do aborto, "como já aconteceu antes no caso de uma menina de 9 anos que aos 5 meses de gestação, estava em um estágio já tão avançado que o Corpo Médico concluiu que os riscos de morte eram muito altos", completou.

Coletiva Sangra

"Nós somos uma coletiva de Mulheres autonomas, mães e lésbicas e nossa pauta principal é a luta antipedofilia, exploração sexual infanto-juvenil e a revogação da Lei de Alienaçao Parental.

Quando tivemos conhecimento da situação desse caso, elaboramos a petição e levantamos a #gravidezaos10mata para divulgá-la. Além de tantos outros motivos, justamente por sabermos que a principal causa de morte na adolescencia é a gravidez precoce, imagine você a urgência de interromper a gestação nessa menina de 10 anos!"

"Apoio ao bebê"

"A Ministra Damares por exemplo, não adotou uma postura de defesa e proteção da vítima, mas de punitivismo do estuprador. A Ministra é clara quando fala sobre "oferecer apoio à mãe e ao bebê dela". Não existe mãe com 10 anos de idade. Não existe mãe de estupro.

Não existe um posicionamento que explique e justifique essa demora. Que mantenha essa criança sob essa tortura e prolongue seu trauma. Que torna maior a cada minuto a chance de ela ser impedida de interromper essa gestação fruto de estupro".

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