Robô passa em prova para faculdade de Direito
Máquina de inteligência artificial obteve nota C+ em 95 questões de múltipla escolha e 12 dissertativas aplicadas a universitários nos EUA

O ChatGPT, inteligência artificial criada pela empresa californiana OpenAI, passou por pouco nas provas de uma faculdade de Direito dos Estados Unidos. O robô foi aprovado no exame após ter escrito uma série de teses sobre temas como Direito Constitucional ou Tributação.
Jonathan Choi, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Minnesota, apresentou ao ChatGPT o mesmo teste aplicado aos alunos para a obtenção do diploma da instituição.
O exame é composto por 95 questões de múltipla escolha e 12 questões dissertativas, correspondentes a quatro disciplinas.
A nota geral do chatbot foi um C+, o que significa aprovação raspando, de acordo com um artigo acadêmico publicado por Choi e outros coautores. Embora suficiente para passar, o resultado deixou o ChatGPT em penúltimo lugar na maioria das disciplinas, apontam os universitários.
“Durante a redação de seus ensaios, o ChatGPT demonstrou que dominava as regras legais básicas e que sua organização e composição eram sólidas. No entanto, tinha dificuldades para identificar problemas quando lhe faziam uma pergunta aberta, o que é um requisito essencial nos exames da Faculdade de Direito”, explicou Choi.
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O ChatGPT usa enormes quantidades de informação da internet para escrever textos que respondem a perguntas simples.
Desde o seu lançamento no final do ano passado, tem suscitado admiração, mas também medo, sobretudo no setor educativo.
Alguns resultados foram tão convincentes que professores de várias universidades expressaram a preocupação de que os alunos simplesmente pedissem que o poderoso programa de inteligência artificial fizesse seus trabalhos.
Autoridades de Nova Iorque (EUA) proibiram o uso do ChatGPT nas escolas, mas Choi acredita que a inteligência artificial pode ser útil aos professores.
“Em geral, o ChatGPT não é um bom estudante de Direito quando atua sozinho. Mas se eles colaborarem com humanos, modelos de linguagem como o ChatGPT podem ser muito úteis para estudantes de Direito que fazem o exame e para advogados praticantes”, diz Choi.
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